Activistas do Climáximo pintam fachada do MAAT em protesto contra a EDP

O grupo Climáximo acusa a EDP de ser um dos maiores importadores de combustíveis fósseis para produzir energia em Portugal. Duas pessoas terão sido detidas.

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Climáximo/DR
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Activistas do grupo Climáximo pintaram este domingo, 3 de Dezembro, a fachada do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, em protesto contra a actividade da EDP na crise climática e o uso da sua fundação para “lavar a imagem”. Segundo um comunicado do grupo activista ambiental, duas pessoas terão sido detidas após escreverem na fachada e cobrirem de tinta vermelha a escadaria do MAAT.

Contactado pela Lusa, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP adiantou que a situação ainda está a ser analisada e que os jovens terão sido apenas identificados, aguardando se haverá queixa para formalizar as detenções.

Na comunicado, o grupo Climáximo acusa a EDP de ser um dos maiores importadores de combustíveis fósseis para produzir energia em Portugal e considera a eléctrica “directamente culpada pelas mortes e destruição que advêm da crise climática”, condenando a população a “catástrofes a curto e longo prazo”.

“Estão activamente a lucrar com a crise climática e do custo de vida, enquanto lavam a sua imagem com instituições, como a fundação EDP, ou metas de descarbonização a décadas de distância. Sabemos que as crises que causaram estão presentes hoje e agora na vida das pessoas, por isso, não podemos consentir com a sua normalidade”, referiu a porta-voz da acção de hoje, Ana Maria, citada no comunicado.

Para estes activistas é necessária a criação de um “plano de paz” com vista a uma transição justa para os trabalhadores das indústrias poluentes e a garantia de direitos dos portugueses.

O grupo Climáximo relembra que este foi já o terceiro protesto numa semana — após as intervenções na Conferência da Eurogas, em 28 de Novembro, e na Portugal Renewable Energy Summit, no dia 29 , assinalando ainda a marcação, em conjunto com outras organizações, de uma manifestação para a resistência climática, no dia 9, às 14h, na Praça do Duque de Saldanha, em Lisboa.