CIM do Cávado denuncia e lamenta fim da ligação Porto-Braga pela A3 decidida pela AMP

A CIM do Cávado salienta que “a suspensão, ainda que temporária, deste serviço coloca directamente em causa o direito à mobilidade das populações”.

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CIM do Cávado diz que, com a entrada à data de entrada em funcionamento da rede UNIR, AMP deixou de cumprir com as suas obrigações legais Adriano Miranda
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A Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM) denunciou este sábado que a Área Metropolitana do Porto (AMP) decidiu acabar com a ligação de autocarro Braga-Porto pela A3, decisão que, considera, “coloca directamente em causa” o direito à mobilidade das populações.

Em comunicado, o presidente da CIM do Cávado, e também da câmara de Braga, Ricardo Rio, considera que a decisão da AMP de acabar com aquele serviço, denominado First Class – Carreira 1108 – Braga – Porto, por considerar que deve ser aquela CIM a assegurá-lo, é “incompreensível e lamentável”.

Ricardo Rio exigiu que a “AMP cumpra com as suas obrigações legais e contratuais e dê sequência a este serviço”, que deixou de assegurar no dia 1 com a entrada em funcionamento da UNIR, a nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto.

Segundo o texto, “os argumentos aduzidos pela AMP não colhem do ponto de vista técnico, uma vez que, quer pelo número de paragens, quilómetros e integração na rede, esta linha tinha de ser contratualizada pela AMP”, uma vez que os acordos assinados em 2019 sobre a partilha de linhas inter-regionais estabelecem que a entidade que tem que assegurar o serviço é aquela cuja área abrange o maior número de paragens e de quilómetros percorridos.

“Do ponto de vista da coesão territorial, e das obrigações que a AMP tem para com as entidades intermunicipais congéneres e com toda a região Norte, esta decisão é injustificável”, afirma, no texto, o autarca.

A CIM do Cávado salienta que “a suspensão, ainda que temporária, deste serviço coloca directamente em causa o direito à mobilidade das populações, pelo que se justifica que a AMP adopte medidas extraordinárias que assegurem a sua manutenção”.

No texto, aquela entidade salienta ainda as consequências do fim daquele serviço: “É pelo lado humano que mais impressiona esta decisão, uma vez que a AMP cessa, de forma abrupta e injustificada, uma linha que serve milhares de utentes”, refere o texto.

“O serviço supracitado é de grande relevância para as populações com a venda de aproximadamente 1500 passes e 18.000 bilhetes de bordo, em cada ano. Soma-se a isto o facto de o serviço permitir o acesso, entre outros, ao Hospital de S. João e ao Instituto Português de Oncologia, bem como, a diversas instituições de ensino superior”, enumera a CIM do Cávado.