Metade dos eleitores do PSD é a favor de coligações pré-eleitorais

Segundo uma sondagem da Aximage, 51% dos eleitores sociais-democratas defendem que o partido deve fazer uma coligação antes de 10 de Março.

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Luís Montenegro, presidente do Partido Social Democrata Nuno Ferreira Santos
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Cerca de 50% dos eleitores do PSD são a favor de coligações pré-eleitorais e o partido preferido na lista de possíveis coligações é o CDS. Segue-se a IL e, por fim, o Chega. Os dados são da sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF.

A última sondagem da Aximage, cujo trabalho de campo decorreu entre 18 e 23 de Novembro, indica que 51% dos eleitores sociais-democratas são a favor de coligações estabelecidas antes das legislativas de 10 de Março e 39% são contra. Contudo, se olharmos para todos os inquiridos, apenas 36% dos entrevistados são a favor de coligações à direita, ao passo que 47% rejeitam.

Ainda de acordo com este estudo de opinião, 58% consideram que o PSD devia coligar-se com o CDS, partido actualmente sem assento parlamentar. Seguem-se a Iniciativa Liberal (51%) e o Chega (35%).

Na passada quinta-feira, em entrevista à SIC, o líder do PSD, Luís Montenegro, disse que o partido está “aberto a dialogar e ponderar” coligações pré-eleitorais. O partido ainda decidiu se o fará, mas em cima da mesa está a possibilidade de entendimentos com o CDS-PP e o PPM (Partido Popular Monárquico).

Montenegro admitiu ainda a possibilidade de o PSD se coligar com uma plataforma de cidadãos independentes para constituir “listas ou em coligação partidária com independentes ou, pelo menos, o PSD com independentes". Por outro lado, o PSD afasta qualquer tipo de entendimento com o Chega, ao passo que a IL recusa formar uma aliança pré-eleitoral com os sociais-democratas.

Caso o PSD vença as eleições legislativas de 10 de Março sem obter maioria absoluta, são mais os entrevistados que estão contra uma coligação (46%), neste caso pós-eleitoral. Dos 40% que defendem uma coligação pós-eleitoral, o parceiro preferido volta a ser o CDS (63%), seguindo-se, uma vez mais, a IL (55%) e o Chega (35%).

Já a sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o PÚBLICO e RTP, divulgada na passada segunda-feira, indicava que, caso o PSD ganhe as eleições sem maioria absoluta, 42% (a maior percentagem) dos inquiridos consideram que o Governo deve ser "apoiado pelo PSD e um ou mais partidos à sua direita".​

Pedro Nuno é o favorito à liderança do PS

A sondagem da Aximage avança também que, na disputa pela liderança do PS, o antigo ministro das Infra-Estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, é o favorito (52%) face a José Luís Carneiro (50%), actual ministro da Administração Interna. Destacando apenas os eleitores socialistas, o apoio a Pedro Nuno Santos enquanto novo secretário-geral do PS aumenta para 61%, ultrapassando uma vez mais o apoio a José Luís Carneiro.

Os resultados vão ao encontro da sondagem do Cesop da Universidade Católica para o PÚBLICO e RTP divulgada na terça-feira. Segundo a mesma, dos eleitores que votaram PS em 2022, 39% consideram que Pedro Nuno Santos é o indicado para assumir o cargo de secretário-geral do PS, contra 34% de eleitores que apoiam José Luís Carneiro. Mas os estudos divergem se falarmos do universo total dos inquiridos: José Luís Carneiro passa a ser o favorito, com 38% das preferências.

A sondagem da Aximage teve uma amostra de 802 entrevistas efectivas: 675 online e 127 via telefone. O trabalho de campo decorreu entre 18 e 23 de Novembro de 2023 e a taxa de resposta foi de 71,75%. O erro máximo de amostragem do estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais, ou menos, 3,5%.

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