Guarda costeira do Japão faz busca submarina por destroços do Osprey dos EUA

O aparelho, que se despenhou na quarta-feira perto da ilha de Yakushima durante uma missão de treino, levava a bordo oito tripulantes. Sete continuam desaparecidos e um foi encontrado sem vida.

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Destroços do Osprey, aparelho que se despenhou na quarta-feira perto da ilha de Yakushima durante uma missão de treino Reuters/KYODO
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A guarda costeira japonesa está a realizar esta sexta-feira, 1 de Dezembro, uma busca submarina pelos destroços de um avião norte-americano, sendo que sete membros da tripulação continuam desaparecidos depois de o Osprey se ter despenhado a sudoeste do Japão.

O aparelho, que se despenhou na quarta-feira perto da ilha de Yakushima durante uma missão de treino, levava a bordo oito tripulantes, um dos quais foi encontrado morto no mesmo dia.

"Até ao momento, não há novas pistas sobre as pessoas desaparecidas", declarou em comunicado a guarda costeira, afirmando os planos de organizar mergulhos, além das buscas marítimas e aéreas.

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Em particular, deverão explorar áreas onde as buscas com recurso a sonar devolveram "ecos diferentes dos do fundo do mar", de acordo com o comunicado.

Na quinta-feira, os mergulhadores já tinham examinado objectos detectados pelo sonar a cerca de 30 metros de profundidade, mas que revelaram ser rochas.

Fotografias da área tiradas após o acidente revelam um aparente barco salva-vidas amarelo virado e outros destroços, incluindo o que pode ser parte de uma hélice.

Na quarta-feira, um responsável pela gestão de emergências disse à agência de notícias France-Presse que, pouco antes do desaparecimento da aeronave, a polícia local tinha sido informada sobre "um Osprey a lançar chamas do motor esquerdo".

Uma pescadora disse ao canal de televisão público NHK que viu o avião a despenhar-se no mar, lançando uma coluna de água com cem metros de altura.

A fiabilidade do Osprey, dotado de rotores basculantes que permitem descolar e aterrar verticalmente como um helicóptero e voar como um avião, é há muito tempo objecto de debate devido aos numerosos acidentes mortais.

No final de Agosto, três fuzileiros norte-americanos morreram quando um Osprey se despenhou no norte da Austrália. Em 2022, outros quatro morreram na Noruega num outro acidente, durante exercícios da NATO.

Um avião norte-americano do mesmo tipo também se despenhou no mar em 2017, matando três pessoas. E, em Abril de 2000, 19 fuzileiros morreram quando um aparelho destes se despenhou no Arizona, no sudoeste dos Estados Unidos.

O exército dos EUA tem cerca de 54 mil soldados no Japão, a maior parte dos quais está baseada no sul do arquipélago de Okinawa. No passado, registaram-se vários episódios com aviões do exército norte-americano no Japão, incluindo com Ospreys, vistos com maus olhos pela população nipónica.

Na quinta-feira, o Japão indicou ter pedido a Washington para suspender os voos destes aviões militares sobre território japonês.