Os comentadores famosos acertam menos do que um chimpanzé

Philip E. Tetlock, da Universidade da Pensilvânia (EUA), tem vindo a dedicar-se desde os anos 80 ao estudo das previsões: por que razão algumas pessoas acertam mais do que outras?

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Quando foi que o seu comentador preferido disse na televisão “olhem, enganei-me”? Pedro Cunha/Arquivo
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Quem vai ganhar as próximas eleições presidenciais russas? Esta não parece muito difícil, pois não? Se lhe fosse pedido para apostar, o que diria? Que Vladimir Putin irá ganhar com 100% de certeza? Com 98%? Com 70%? Vamos então dar um salto a Março de 2024 e supor que Putin ganhou realmente as eleições. Se apostou 100%, parabéns! Tem a pontuação máxima. Se arriscou 70% ganhou na mesma, mas a sua pontuação é mais baixa. Considere agora que, inesperadamente, Putin, afinal, nem sequer concorre. Se estava 100% certo de que o actual Presidente da Federação Russa iria ganhar, recebe a penalização máxima. Se apostou 70% é penalizado, mas não tanto. Este resultado matemático, que mede a precisão de previsões probabilísticas, é chamado índice de Brier.

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