Mesquita Nunes e Mendes da Silva reaproximam-se do CDS, mas não voltam ao partido

Antigos militantes do CDS reuniram-se na sede do partido com actuais e antigos dirigentes centristas. “Tenho sempre [interesse] em regressar ao Caldas para ver os meus amigos”, diz Mendes da Silva.

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Adolfo Mesquita Nunes, à direita, na noite em que Assunção Cristas foi eleita líder do partido Nelson Garrido
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Apesar de Adolfo Mesquita Nunes e Francisco Mendes da Silva, antigos militantes centristas, terem participado esta segunda-feira num encontro com dirigentes e antigos dirigentes do CDS, na sede do partido, os antigos deputados não estão de regresso ao partido.

Na segunda-feira, o CDS reuniu no Largo do Caldas os seus principais militantes — Paulo Portas, Manuel Monteiro, António Lobo Xavier, João Pinho de Almeida, Cecília Meireles — para debater qual deverá ser a estratégia do partido para as eleições de 10 de Março. Além destes nomes, também Mesquita Nunes e Mendes da Silva, antigos parlamentares do CDS que se desfiliaram do partido durante a liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, estiveram presentes, tendo ambos intervindo.

Apesar de a sua presença significar uma reaproximação ao partido, não significa o seu regresso, sabe o PÚBLICO. “Não tenho nenhum interesse em regressar à vida política partidária, mas tenho sempre em regressar ao Caldas para ver os meus amigos”, diz Mendes da Silva, por telefone, ao PÚBLICO.

Mas não só as amizades justificaram a comparência. Mendes da Silva, que é também colunista do PÚBLICO, gostaria que o CDS voltasse ao Parlamento, dizendo-se “politicamente empenhado para que haja uma direita parlamentar” que tanto sirva para “contrapor o peso da esquerda como o da extrema-direita”.

De resto, explica que “foi convidado” por Nuno Melo e Paulo Portas “no pressuposto de que era um independente com historial no CDS”, acrescentando que assim se assumiu perante os presentes. E termina, notando que “seria bom para a direita e para o espectro político partidário haver mais CDS e menos radicalismo”.

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