O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, apelou a uma “extensão da pausa [nos combates na Faixa de Gaza], para permitir a entrada de mais ajuda humanitária à população e a libertação de mais reféns” pelo Hamas, ao mesmo tempo que exigiu que o Irão “controle os seus agentes” na região, pondo termo aos ataques a posições norte-americanas ou navios comerciais no Médio Oriente.

Numa conferência de imprensa, esta segunda-feira, em Bruxelas, o líder da NATO referiu-se ao resultado positivo da trégua de quatro dias combinada entre o Governo de Israel e o movimento islamista que controla a Faixa de Gaza, e defendeu um prolongamento desse acordo, para que possa entrar mais assistência no enclave, e os reféns possam ser devolvidos à liberdade no seu país.

Sem falar em cessar-fogo, o secretário-geral da NATO considerou que “o sofrimento a que temos assistido sublinha a necessidade de uma solução política duradoura” para o conflito israelo-palestiniano — a questão estará na agenda de trabalho da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança, esta terça e quarta-feira, no quartel-general de Bruxelas.

Stoltenberg referiu-se ainda ao lançamento de rockets contra posições norte-americanas na Síria e Iraque, onde a NATO mantém uma missão, e ainda aos recentes ataques contra embarcações comerciais, que revelam o potencial para uma escalada regional do conflito. “O Irão tem de controlar os seus agentes”, afirmou.