Cinco feridos em Kiev no maior ataque de sempre com drones na Ucrânia

Foi o maior ataque com drones desde que a guerra começou na Ucrânia e atingiu a capital do país. Acontece no dia em que se assinala a morte de milhões à fome nos anos 30 — o Holodomor.

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A explosão de um drone é vista no céu sobre a cidade de Kiev durante um ataque russo Reuters/GLEB GARANICH
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Jinotega
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A explosão de um drone é vista no céu sobre a cidade de Kiev durante um ataque russo Reuters/GLEB GARANICH

A capital ucraniana sofreu, este sábado, 25 de Novembro, o que as autoridades disseram ser o maior ataque com drones desde o início da guerra, deixando cinco pessoas feridas, quando o barulho das defesas aéreas e das explosões acordou os residentes. O ataque começou a atingir diferentes bairros de Kiev nas primeiras horas de sábado, com mais investidas a registarem-se ao nascer do sol. O aviso de ataque aéreo durou um total de seis horas.

O Presidente Volodymyr Zelensky afirmou que mais de 70 drones kamikaze Shahed, de concepção iraniana, tinham sido lançados contra a Ucrânia e que a maioria (mas não todos) tinha sido abatida. A Força Aérea anunciou posteriormente que tinha abatido 71 drones Shahed e um míssil.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, numa mensagem no Telegram, disse que o ataque tinha ferido cinco pessoas, incluindo uma menina de 11 anos, e danificado edifícios em bairros de toda a cidade. Fragmentos de um drone abatido iniciaram um incêndio numa creche, disse.

Zelensky salientou que o ataque ocorreu nas primeiras horas do dia em que os ucranianos comemoram a sua pior tragédia nacional — o Holodomor de 1932-33, quando vários milhões de pessoas morreram à fome. "Terror intencional... Os dirigentes russos orgulham-se do facto de poderem matar", escreveu no Telegram.

Os dirigentes ucranianos já anteriormente estabeleceram paralelos entre o Holodomor e a actual invasão russa. A Ucrânia e mais de 30 outros países reconhecem o Holodomor como um genocídio do povo ucraniano perpetrado pela União Soviética, que na altura governava a Ucrânia e procurava esmagar o seu desejo de independência. Moscovo nega que as mortes tenham sido causadas por uma política genocida deliberada e afirma que os russos e outros grupos étnicos também sofreram devido à fome.

O alvo do ataque de sábado não foi esclarecido até ao momento, mas a Ucrânia tem avisado, nas últimas semanas, que a Rússia irá mais uma vez empreender uma campanha aérea para destruir o sistema energético da Ucrânia, como tentou fazer no Inverno passado. O Ministério da Energia da Ucrânia afirmou que cerca de 200 edifícios na capital, 77 deles residenciais, ficaram sem electricidade em resultado do ataque. "Parece que esta noite ouvimos a abertura. O prelúdio da época de Inverno", escreveu Serhiy Fursa, um proeminente economista ucraniano, no Facebook.