José Afonso “tocado por miúdos” num concerto comemorativo em Lisboa

O concerto anual da Associação José Afonso recebe, desta vez, o Coro do Conservatório Regional de Setúbal com o trabalho Zeca Afonso Tocado por Miúdos. Domingo, às 17h.

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Coro e músicos do Conservatório Regional de Setúbal DR
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Chama-se Alegria da Criação e, com ele, a Associação José Afonso (AJA) volta a celebrar, como tem feito anualmente, a obra de José Afonso (1929-1987) e as diferentes abordagens que ela permite. Já por lá passaram, em anos anteriores, Francisco Fanhais, Manuel Freire, Rui Pato, Janita Salomé, Brigada Victor Jara, Miguel Calhaz ou Moçoilas e este ano fazem parte do cartaz o guitarrista clássico Renato Sousa, o grupo Trigalada e o Coro do Conservatório Regional de Setúbal, com Sérgio Godinho como convidado. O concerto é no próximo domingo, 26 de Novembro, às 17h, no Fórum Lisboa (na Avenida de Roma).

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Renato Sousa e os Trigalada DR

Renato Sousa é um músico setubalense que, da guitarra eléctrica na adolescência, passou à guitarra clássica, com ela gravando em 2021 um disco com versões instrumentais de 13 temas de José Afonso (Melodias do Zeca) e, mais recentemente, um disco de originais (Eternos Momentos, 2023). E os Trigalada são um grupo de música e dança tradicional que trabalha, com arranjos próprios, temas do cancioneiro tradicional português e galego, integrando no seu repertório temas cantados em mirandês, galego e português.

Quanto ao Coro do Conservatório Regional de Setúbal, gravou um disco, editado este ano com o selo da AJA, intitulado Zeca Afonso Tocado por Miúdos, com versões corais de 12 temas da autoria de José Afonso ou tradicionais por ele cantados: A formiga no carreiro, S. Macaio, Maria Faia, Menino do bairro negro, Traz outro amigo também, Os índios da Meia Praia, Verdes são os campos, Barracas ocupação, Milho verde, No comboio descendente, Galinhas do mato e Utopia. Neste trabalho, o coro (com Ramon Felizardo e Kim Roos como solistas) foi dirigido pelo maestro Raul Avelãs, com orquestrações de Jorge Moniz e acompanhamentos na guitarra clássica por Rui Pato e John Fletcher, além de um expressivo naipe orquestral do Conservatório (sopros, cordas, percussões e piano).

No texto em que justificava a sua adesão a tal projecto, a Associação José Afonso dizia ter-se tornado “parceira do mesmo, pelo seu valor inquestionável ao serem envolvidas novas gerações, que serão aquelas que irão preservar e defender as mensagens poéticas e a qualidade musical da obra de José Afonso, não só como ouvintes mas, em especial, por se tornarem interpretes e consequentemente divulgadores privilegiados.”

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