Padrasto terá esfaqueado bebé de sete meses em Mirandela
Bombeiros encontraram a criança inconsciente e com traumas no tórax e abdómen. A mãe do bebé, com 19 anos, também foi hospitalizada. Agressor terá um diagnóstico de esquizofrenia.
Um bebé de sete meses foi esfaqueado, nesta madrugada, alegadamente pelo padrasto, na localidade de Vila Nova das Patas, no concelho de Mirandela. A criança foi transportada, em estado muito grave, de helicóptero para o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), onde chegou viva e estável. A mãe do bebé, que também sofreu ferimentos, está internada no Hospital de Bragança.
Segundo fonte dos bombeiros de Mirandela, o alerta do GNR chegou perto da meia-noite e, uma vez no local, encontraram a criança inconsciente e com vários traumas no tórax e abdómen provocados pelo esfaqueamento. O CHUSJ confirmou ao PÚBLICO, na manhã desta sexta-feira, que o bebé está estável, mas a situação clínica é crítica.
O alegado agressor é um homem de 37 anos de idade, que foi detido e que também terá atingido com várias facadas a companheira de 19 anos de idade, que é a mãe do bebé ferido. A jovem encontrava-se numa rua perto da casa quando os bombeiros prestaram o primeiro auxílio. O alegado agressor também terá atacado a sua própria mãe, que, de acordo com as fontes contactadas, caiu das escadas. O alerta para este caso foi dado à GNR pelos vizinhos, que alertaram para a discussão entre o casal, na qual estaria eventualmente em perigo uma criança, e de seguida foram chamados os bombeiros da cidade.
“Quando disseram o nome da rua, a GNR já sabia qual era a casa”, contou ao PÚBLICO uma testemunha, que preferiu não ser identificada, dizendo desconhecer se existiria algum tipo de desavença anterior entre o casal. A mesma testemunha relatou que saiu do trabalho perto da meia-noite, quando, no caminho de carro até casa, viu a figura de uma mulher de braços no ar a pedir socorro. “Ele vem atrás de mim, matou o meu bebé”, dizia a jovem de 19 anos, visivelmente aflita.
A mesma testemunha descreve o alegado agressor como alguém solitário, que “andava sempre para cima e para baixo na estrada”. Nos últimos meses, deixou de o fazer sozinho para passar a caminhar acompanhado pela namorada e pelo filho dela. “Traziam sempre o bebé com eles, às vezes no colo de um, outras no colo do outro.”
Apesar de solitário, o homem de 37 anos, que foi detido, é descrito como alguém que teria problemas com drogas e, alegadamente, diagnóstico de esquizofrenia. O homem teria tido vários relacionamentos, dos quais resultaram filhos de mais de uma mulher, sendo que não mantinha, actualmente, nenhuma relação com qualquer das mães das crianças.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.