Cravinho em Israel e Cisjordânia num momento de “alguma esperança”

Ministro dos Negócios Estrangeiros português tem encontros nesta sexta-feira com os seus homólogos de Israel e da Autoridade Palestiniana.

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No sábado, João Gomes Cravinho visita a Jordânia e o Egipto LUSA/RODRIGO ANTUNES
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O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, reúne-se nesta sexta-feira com os seus homólogos de Israel e da Autoridade Palestiniana, no Médio Oriente, num momento de "alguma esperança" devido ao início de uma trégua e à libertação de reféns.

"O grande objectivo é dar continuidade aos contactos que tenho vindo a manter com os meus colegas de Israel, Palestina, e também Jordânia e Egipto, desde o dia 7 de Outubro”, disse Cravinho à Agência Lusa, sobre a visita de dois dias que hoje se inicia, em conjunto com a sua homóloga da Eslovénia, Tanja Fajon.

"Hoje estamos perante uma situação de alguma esperança, temos uma trégua — esperamos —, temos o início — esperemos —, de troca, libertação de reféns", disse, no dia em que Israel e o Hamas iniciam uma trégua de quatro dias.

Para o Governo português, "é fundamental" que esta trégua seja vista "como o início de um processo de diálogo que poderá depois ser estendido, criando-se as condições para eventualmente chegarmos a discutir as condições de fundo, nomeadamente a criação da solução de dois Estados, em que Israel e a Palestina possam viver lado a lado, em paz e segurança".

Os ministros de Portugal e da Eslovénia têm hoje um encontro com o seu homólogo de Israel, Eli Cohen, no sul do país, e serão recebidos pelo Presidente israelita, Isaac Herzog, em Telavive.

Mais tarde, em Ramallah, na Cisjordânia, reúnem-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki, e terão um encontro com o primeiro-ministro, Mohammad Shtayyeh.

No sábado, a visita conjunta dos ministros prossegue na Jordânia e no Egipto.

A visita coincide com o primeiro dia de uma trégua nos combates entre Israel e o Hamas, que entrará em vigor na manhã de hoje, e a libertação dos primeiros reféns à tarde, anunciaram as autoridades do Qatar, mediador nas conversações entre as partes.