Taça de Portugal: FC Porto goleia Montalegre e avança para os “oitavos”

Formação transmontana dispôs das duas primeiras situações para marcar, mas acabou rendida ao maior poderio dos detentores do troféu. Conceição iguala Pedroto.

Foto
Evanilson bisou na primeira parte LUSA/FERNANDO VELUDO
Ouça este artigo
00:00
02:36

O FC Porto garantiu, esta sexta-feira, no Estádio do Dragão, um triunfo tranquilo (4-0) sobre o Montalegre - terceiro classificado da Série A do Campeonato de Portugal - e o respectivo apuramento para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, prova que conquistou nas duas últimas edições.

Sem complexos e aproveitando uma desconcentração de Romário Baró, o Montalegre esteve na iminência de marcar no primeiro minuto do jogo do Dragão. Valeu a intervenção de Cláudio Ramos a negar o golo a Isaac Boakye.

O FC Porto haveria de “sobreviver” ao primeiro susto, ainda que continuasse a causar perplexidade e a permitir que os transmontanos prolongassem a boa entrada em jogo. Alex, o goleador da equipa, dispôs logo no instante imediato de novo ensejo, com a precipitação do avançado a fechar uma janela que o Montalegre foi incapaz de explorar.

Com um "onze" alternativo, marcado pela estreia do lateral esquerdo João Mendes a titular, o FC Porto começava a espreguiçar-se e a tomar conta da partida. Evanilson e André Franco traçavam um primeiro esboço do plano de Sérgio Conceição, que viu Tony da Silva ajustar a estratégia, transformando o habitual 4x2x3x1 num 4x1x4x1 que acabou por revelar-se impotente para travar a terceira vaga “azul e branca”.

Lançado por Galeno, Danny Namaso isolou-se e bateu Bruno Pio, aos 13', repondo alguma normalidade num duelo entre o vice-campeão nacional e uma equipa do quarto escalão.

As eventuais dúvidas da assistência dissipar-se-iam quatro minutos depois, com Danny Namaso a aproveitar hesitação de Fábio Fonseca para servir Evanilson, que elevou a fasquia para os visitantes (17').

O destino do Montalegre na prova-rainha ficaria traçado no último minuto da primeira parte, com novo golo de Evanilson e nova assistência de Galeno, embora a sentença pudesse ter chegado um bom quarto de hora mais cedo, não fosse uma finalização desastrada de Danny Namaso com a baliza escancarada.

Com a eliminatória praticamente garantida e o recorde de 16 vitórias consecutivas na Taça de Portugal (marca que iguala a de José Maria Pedroto, com três triunfos pelo Boavista e 13 pelos “dragões”, entre 1975 e 1978) no bolso de Conceição, ao FC Porto colocava-se um desafio de gestão, proposto pela viagem a Barcelona, para a Liga dos Campeões, na próxima semana.

A segunda parte resumiu-se praticamente às tentativas portistas para aumentar a vantagem, o que foi sendo adiado até à entrada do segundo turno, com Fran Navarro (62') a não desperdiçar o golo servido de bandeja por André Franco, numa altura em que as figuras da primeira parte já estavam guardadas no banco. Foi de lá que ouviram a claque ser assobiada quando, aos 93', entoou um cântico de apoio ao presidente do clube.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários