Taça de Portugal: FC Porto goleia Montalegre e avança para os “oitavos”
Formação transmontana dispôs das duas primeiras situações para marcar, mas acabou rendida ao maior poderio dos detentores do troféu. Conceição iguala Pedroto.
O FC Porto garantiu, esta sexta-feira, no Estádio do Dragão, um triunfo tranquilo (4-0) sobre o Montalegre - terceiro classificado da Série A do Campeonato de Portugal - e o respectivo apuramento para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, prova que conquistou nas duas últimas edições.
Sem complexos e aproveitando uma desconcentração de Romário Baró, o Montalegre esteve na iminência de marcar no primeiro minuto do jogo do Dragão. Valeu a intervenção de Cláudio Ramos a negar o golo a Isaac Boakye.
O FC Porto haveria de “sobreviver” ao primeiro susto, ainda que continuasse a causar perplexidade e a permitir que os transmontanos prolongassem a boa entrada em jogo. Alex, o goleador da equipa, dispôs logo no instante imediato de novo ensejo, com a precipitação do avançado a fechar uma janela que o Montalegre foi incapaz de explorar.
Com um "onze" alternativo, marcado pela estreia do lateral esquerdo João Mendes a titular, o FC Porto começava a espreguiçar-se e a tomar conta da partida. Evanilson e André Franco traçavam um primeiro esboço do plano de Sérgio Conceição, que viu Tony da Silva ajustar a estratégia, transformando o habitual 4x2x3x1 num 4x1x4x1 que acabou por revelar-se impotente para travar a terceira vaga “azul e branca”.
Lançado por Galeno, Danny Namaso isolou-se e bateu Bruno Pio, aos 13', repondo alguma normalidade num duelo entre o vice-campeão nacional e uma equipa do quarto escalão.
As eventuais dúvidas da assistência dissipar-se-iam quatro minutos depois, com Danny Namaso a aproveitar hesitação de Fábio Fonseca para servir Evanilson, que elevou a fasquia para os visitantes (17').
O destino do Montalegre na prova-rainha ficaria traçado no último minuto da primeira parte, com novo golo de Evanilson e nova assistência de Galeno, embora a sentença pudesse ter chegado um bom quarto de hora mais cedo, não fosse uma finalização desastrada de Danny Namaso com a baliza escancarada.
Com a eliminatória praticamente garantida e o recorde de 16 vitórias consecutivas na Taça de Portugal (marca que iguala a de José Maria Pedroto, com três triunfos pelo Boavista e 13 pelos “dragões”, entre 1975 e 1978) no bolso de Conceição, ao FC Porto colocava-se um desafio de gestão, proposto pela viagem a Barcelona, para a Liga dos Campeões, na próxima semana.
A segunda parte resumiu-se praticamente às tentativas portistas para aumentar a vantagem, o que foi sendo adiado até à entrada do segundo turno, com Fran Navarro (62') a não desperdiçar o golo servido de bandeja por André Franco, numa altura em que as figuras da primeira parte já estavam guardadas no banco. Foi de lá que ouviram a claque ser assobiada quando, aos 93', entoou um cântico de apoio ao presidente do clube.