Oposição polaca rejeita proposta de Morawiecki para formar governo de coligação

Como já era esperado, primeiro-ministro em funções falhou tentativa de formar governo. “Com Morawiecki não vamos a lado nenhum”, disse líder parlamentar da Nova Esquerda.

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Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro em exercicio da Polónia Reuters/KACPER PEMPEL
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Os partidos da oposição polaca rejeitaram esta quarta-feira uma proposta do primeiro-ministro em exercício, Mateusz Morawiecki, para formar um governo de coligação que impediria o líder da coligação Plataforma Cívica, Donald Tusk, de ser nomeado chefe do governo.

Morawiecki, na qualidade de primeiro-ministro designado para formar governo, convidou os líderes do Nova Esquerda e Terceira Via, da oposição, para, em reuniões separadas, discutir um possível acordo, apesar de ambas as formações já terem manifestado apoio a Tusk.

Na carta enviada por Morawiecki e partilhada pelo líder parlamentar do Nova Esquerda, Krzystof Gawkowski, é sublinhado que o intuito da reunião era o de promover uma "coligação para os assuntos polacos", cujo objectivo seria implementar as promessas eleitorais de cada partido.

"Em nome da Nova Esquerda, gostaria de informar que não vamos a lado nenhum [com Morawiecki]", disse Gawkowski nas redes sociais, enquanto a coligação Confederação da Liberdade e Independência (KON) também rejeitou o convite, argumentando que o primeiro-ministro não é "fiável".

Morawiecki venceu as últimas eleições parlamentares polacas, realizadas a 15 de Novembro, com 35,3% dos votos e 194 deputados. No entanto, a adesão dos partidos da oposição à Plataforma Cívica de Tusk (30% dos votos e 157 deputados) poderá impedir um novo mandato do primeiro-ministro.

Tusk, juntamente com a Terceira Via (14,1% dos votos e 35 deputados) e a Nova Esquerda (8,6% e 26 lugares), teria os 231 assentos necessários para se tornar primeiro-ministro, uma tarefa que o Presidente polaco, Andrzej Duda, confiou a Morawiecki, que está a trabalhar na difícil tarefa de reunir apoios.