Em tempos de raiva e medo, Makaya McCraven aponta ao belo

Estreia ao vivo em Portugal do baterista, compositor e produtor que se tornou um dos pontas-de-lança da Anthem. Na Casa da Música e no CCB apresenta In These Times, disco de um certo jazz de câmara.

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Makaya McCraven SULYIMAN
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Makaya McCraven trabalhou em In These Times durante cerca de dez anos. Um longo período em torno da ideia de “trabalhar tempos musicais estranhos e complexos, de uma forma que fossem fáceis de digerir e pudessem chegar a um público amplo”, explica ao PÚBLICO. E foi assim porque, à medida que o seu nome se foi afirmando na cena de Chicago e ganhando uma justa reputação enquanto um dos mais estimulantes criadores a trabalhar na área do jazz, pensando o ritmo a pedir de um imaginário talvez mais próximo do hip-hop, o reconhecimento conquistado por álbuns como In the Moment (2015) e Universal Beings (2018) foi empurrando In These Times para o fundo da gaveta. “Esses projectos estavam sempre a intrometer-se na minha oportunidade de finalizar este álbum”, desabafa, agora que conseguiu finalmente pôr cobro a esse distendido tempo de gestação. Por outro lado, sempre que regressava às composições para o disco, percebia que estas iam sendo transformadas por todas essas outras gravações que se chegavam à frente e ganhavam um protagonismo mais imediato.

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