Empresário português detido nos EUA por suspeita de fraude

Carlos Santos arrisca 20 anos de prisão por cobrar comissões milionárias por contratos de crédito que não se materializavam. Liderava uma empresa de finanças e gestão de património na Califórnia.

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Carlos Santos fundou a Ethos Asset Management em 2018 Ethos Asset Management
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O fundador e director executivo da Ethos Asset Management, o português Carlos Santos, foi detido este domingo em Newark, estado norte-americano da Nova Jérsia, acusado de fraude. O empresário de 29 anos foi detido no aeroporto de Newark no regresso de uma viagem ao estrangeiro.

No comunicado divulgado pela justiça norte-americana, Carlos Santos é acusado de defraudar os seus clientes ao cobrar taxas por créditos que eram contratados mas que não chegavam a ser concedidos. As verbas cobradas seriam usadas para reembolsar outros clientes, para remunerar os colaboradores do suspeito e para pagar despesas pessoais.

O empresário português é ainda acusado de manipular as declarações financeiras da empresa, sediada em San Diego, na Califórnia, para enganar potenciais clientes sobre a sua solidez financeira.

Num caso referido pela justiça norte-americana, uma vítima terá sido obrigada a pagar uma comissão inicial superior a 8 milhões de dólares (cerca de 7,4 milhões de euros) para ter acesso a uma suposta linha de crédito de cerca de 359 milhões de dólares (330 milhões de euros) que não existiria.

O empresário português foi esta segunda-feira presente a juiz num tribunal em Newark. Segundo o canal televisivo ABC 10 News de San Diego, Carlos Santos arrisca uma pena de 20 anos de prisão e uma multa de 250 mil dólares (230 mil euros) em caso de condenação.

Segundo o seu perfil na rede profissional LinkedIn, o português indica que é licenciado em Economia e mestre em Contabilidade, Finanças Empresarias e Fiscalidade Internacional pelo ISEG em Lisboa, e que foi professor assistente na mesma instituição entre 2016, ano em que terá feito um estágio no Banco de Portugal, e 2021. Dois anos depois, fundou a empresa agora no centro das suspeitas da justiça norte-americana.

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