Ministro da Saúde ainda avalia condições para voltar a negociar com sindicatos

Manuel Pizarro já tinha dito, na semana passada, que o Governo estava a estudar até onde podia ir nas negociações e a posição ainda não mudou

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Ministro da Saúde ainda não decidiu se retoma negociações com os médicos, interrompidas pela demissão do primeiro-ministro Manuel Roberto
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O Governo está a examinar as condições para voltar a negociar com os sindicatos médicos, disse esta quarta-feira o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, reconhecendo que, apesar de estar em plenas funções, "não pode olhar para o futuro como antes da crise política".

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) pretendem retomar de imediato as negociações com a tutela, considerando que o Governo está em plenitude de funções e que não deve empurrar os problemas do Serviço Nacional de Saúde para o próximo executivo.

A última reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos estava marcada para a passada quarta-feira, mas foi cancelada na sequência do primeiro-ministro, António Costa, ter pedido a demissão.

Questionado à margem da conferência "A Digitalização da Saúde ao Serviço das Pessoas", em Lisboa, promovida pela Convenção Nacional de Saúde, sobre se vai retomar as negociações, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou que o Governo está a examinar as condições que tem para fazer essa negociação.

Manuel Pizarro adiantou que, "apesar do esforço do Governo para se aproximar daquilo que eram as reivindicações dos médicos", a avaliação que faz é que ainda se estava longe de alcançar o acordo.

"Concordamos em mudar de forma faseada o horário de trabalho para as 35 horas, concordamos em mudar, de forma faseada, o número de horas na urgência de 18 para 12 horas, concordamos com uma evolução salarial muito significativa, mas apesar de todas essas evoluções do Governo, a avaliação que tínhamos é que estávamos ainda muito longe de fechar um acordo", sustentou.

Portanto, vincou: "Temos que ver que condições temos, de forma realista, para retomar esse debate".