Marcelo e Governo lamentam morte de mulher e duas crianças portuguesas em Gaza

Governo confirma morte de uma mulher e duas crianças portuguesas num bombardeamento no Sul de Gaza, bem como de dois palestinianos que aguardavam retirada do território por indicação de Portugal.

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Três cidadãos portugueses morreram nesta quarta-feira na sequência de um bombardeamento no Sul de Gaza, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) num comunicado enviado às redacções. As vítimas, assim como outros dois palestinianos seus familiares que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam retirada para Portugal.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já lamentou a morte dos cinco civis, através de uma nota publicada no site da Presidência da República, esperando que seja possível, “nos próximos dias”, a saída de um grupo de cidadãos luso-palestinianos de Gaza para o Egipto.

“O Presidente da República, tal como o Governo, lamenta a morte de cinco civis num bombardeamento hoje no Sul de Gaza, entre os quais três de nacionalidade portuguesa, e expressa a sua mais sentida solidariedade às famílias, bem como a todas as vítimas deste conflito”, pode ler-se na nota.

Em declarações à Lusa na Guiné-Bissau, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, detalhou que as vítimas mortais de nacionalidade portuguesa são “uma mulher adulta e duas crianças”.

Para Cravinho, a morte dos três portugueses e de dois familiares “é mais uma prova de que este não é o caminho”, referindo-se às acções militares israelitas em Gaza. “Nós precisamos de parar agora estes bombardeamentos”, defendeu.

“Pausa, cessar-fogo, trégua, pouco importa desde que o resultado seja a cessação de bombardeamentos que estão a provocar vítimas civis”, disse o ministro.

O comunicado do MNE acrescenta que, também nesta noite, as autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, autorizaram a saída de Gaza de dez pessoas sinalizadas por Portugal, incluindo dois luso-palestinianos. Espera-se que o grupo possa abandonar o território durante as próximas horas, através do posto fronteiriço de Rafah.

O Governo indica que as embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação lusa em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, estão em contacto com este grupo.

A actual crise no Médio Oriente já tinha vitimado pelo menos nove cidadãos nacionais identificados pela Comunidade Israelita do Porto. Há também registo de vários cidadãos portugueses, descendentes de judeus sefarditas, dados como reféns do Hamas em Gaza.

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