Sustentabilidade para um futuro comum

Os vencedores da segunda edição do BI Award for Innovation in Healthcare são conhecidos no próximo dia 23 de Novembro, num evento a realizar-se em Lisboa.

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Nesta iniciativa idealizada pela Boehringer Ingelheim, com o apoio institucional da Ordem dos Médicos, foram seleccionadas 100 candidaturas [que cumpriam os requisitos do Regulamento], e escolhidos doze finalistas. As equipas apresentaram vários projectos inovadores na área da saúde que vão ao encontro do mote desta segunda edição – “Sustentabilidade para um futuro comum”, e respondem aos seguintes pilares: sustentabilidade dos sistemas de inovação, sustentabilidade dos modelos de prestação de cuidados, sustentabilidade na adopção de inovação tecnológica e digital, sustentabilidade centrada no doente e sustentabilidade ambiental.

Depois de um mês de trabalho colaborativo entre as equipas e os mentores – pessoas altamente reconhecidas nas suas áreas –, na perspectiva de dar mais robustez aos projectos apresentados, realizou-se um hackathon, um fim-de-semana imersivo, que ajudou as equipas a prepararem-se melhor para o pitch final, perante os membros do júri. O objectivo deste trabalho conjunto, além do debate de ideias, passa por entender os desafios e as dificuldades que as equipas poderão encontrar na futura implementação.

Nesta fase, os doze finalistas receberam uma compensação monetária, por participarem no hackathon e, os três vencedores irão ser distinguidos com 20 mil, 10 mil e 5 mil euros, respectivamente para o primeiro, segundo e terceiro premiados, que poderão utilizar na aplicabilidade das suas ideias à realidade. “Nós não queremos só procurar e dar palco a essas ideias. Queremos que sejam concretizadas e que depois sejam aplicadas no ecossistema da saúde”, refere Vanessa Jacinto, Head of Market Access & Public Affairs da Boehringer Ingelheim. Com o mote “Nada pode ficar igual quando tudo muda”, este prémio propõe um modelo colaborativo entre vários players do sector.

O balanço das duas edições “só pode ser positivo”, acrescenta, tendo em conta, o número de candidaturas em cada uma. Mas também, pela “vontade e a entrega com que as equipas participam na fase de mentoria, o envolvimento dos mentores sempre disponíveis para acompanhar e o feedback dos membros do júri”. Vanessa Jacinto sublinha ainda que vários projectos que participaram na primeira edição, realizada em 2021, foram implementados e, muitos deles, estão a ser desenvolvidos e acompanhados por mentores.

“Os projectos seleccionados [na edição deste ano] foram de uma extrema e elevada qualidade”, refere Vanessa Jacinto, assinalando que “não foi fácil” chegar às doze equipas que passaram à fase seguinte. “Os pitchs foram altamente elogiados pelos membros do júri”, o que demonstra que “as equipas absorveram imenso todos os conselhos que os mentores lhes deram”.

Fazer a diferença

A Ordem dos Médicos (OM) é o parceiro institucional do BI Award desde a primeira edição. “A OM não podia ficar indiferente a este estímulo para termos uma melhor saúde, daí ter-se associado, desde a primeira hora, a este projecto, que achamos do maior interesse para o desenvolvimento de um mundo melhor”, enquadra Carlos Cortes, Bastonário da OM. Defendendo que é a partir “do diálogo que nascem as boas ideias”, destaca que todos os projectos apresentados podem “fazer a diferença”. “Possam eles ser aplicados e desenvolvidos. Possam, muitas vezes, os responsáveis da saúde em Portugal, ter a abertura para aproveitar estas novas ideias, para as poder desenvolver e aplicar no nosso país”.

De acordo com o propósito do BI Award de “dar um contributo para a saúde no nosso país”, Carlos Cortes reforça, assim, a importância de abrir o caminho para a concretização destes projectos, que necessitam do apoio de todos. “O nosso futuro é comum”, remata.

Os três vencedores do BI Award 2023 serão conhecidos no próximo dia 23 de Novembro, no evento final que se realizará em Lisboa. Fazer diferente nunca foi tão importante.​​