FC Porto promete identificar e punir disciplinarmente agressores na assembleia

Clube condenou os incidentes de violência e anunciou que vai acautelar melhores condições de segurança na reunião da próxima segunda-feira.

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O FC Porto assumiu nesta terça-feira uma posição sobre os incidentes que marcaram e inviabilizaram a realização da Assembleia-Geral extraordinária destinada a discutir a renovação dos estatutos. Em comunicado, a direcção do clube considera as agressões "condenáveis" e garante que vai tomar providências para identificar e punir os responsáveis.

De acordo com os estatutos, a punição pode acarretar a expulsão de sócio do clube, nos casos mais extremos. O artigo 32.º engloba precisamente aqueles que "impeçam o normal e legítimo exercício" das funções dos órgãos sociais do clube. No lado dos castigos, a punição pode ir da simples advertência até à expulsão de sócio.

O elenco liderado por Jorge Nuno Pinto da Costa reconhece que a afluência de sócios foi muito superior ao esperado, o que entende como "um sinal de vitalidade", e sublinhou que o presidente começou por "anunciar o seu próprio voto de reprovação de alguns artigos da proposta de estatutos", antes da ocorrência dos incidentes nas bancadas do Dragão Arena.

"Os desacatos entre associados, incluindo agressões físicas, que se geraram durante a intervenção de um membro da comissão de revisão dos estatutos e depois da participação de um associado são condenáveis e mancham uma história centenária de cultura democrática", aponta, sem explicar por que razão decidiu avançar com a reunião magna ainda com centenas de sócios fora do pavilhão.

A AG estava inicialmente marcada para o auditório, com capacidade para menos de 500 pessoas, mas foram mais de 3000 os associados que se deslocaram ao Estádio do Dragão para participar na reunião. À hora em que se iniciaram os trabalhos, já no interior do Dragão Arena, eram muitos os sócios que permaneciam no exterior, enquanto outros, devido ao ambiente hostil, decidiram abandonar o recinto.

"A direcção do FC Porto recorrerá aos meios que tem ao seu alcance para identificar os responsáveis por agressões físicas e mobilizará os restantes órgãos sociais tendo em vista a abertura de processos disciplinares", acrescentou, deixando claro que envidará esforços para "garantir máximas condições de segurança na reunião da próxima segunda-feira".

Depois de uma tentativa de retomar os trabalhos, mesmo num clima de debandada, o presidente da Mesa da AG, Lourenço Pinto, que fez alguns apelos à serenidade e ao fim da violência, decidiu adiar a reunião para dia 20, novamente às 21h.

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