Associação de Castelo Branco registou mais de 26 mil migrantes em 25 anos

ALAD gere centro de integração de emigrantes e registou mais de 26 mil migrantes de 90 nacionalidades em 25 anos de existência. Este ano já acompanhou 141 novos casos até Outubro.

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A ALAD fica em Castelo Branco e desenvolveu 58 projectos, o que obrigou a associação a criar uma estrutura que comporta actualmente 36 colaboradores Teresa Pacheco Miranda

A Amato Lusitano — Associação de Desenvolvimento (ALAD) registou mais de 26 mil migrantes de 90 nacionalidades e mais de 55 mil atendimentos presenciais nos seus 25 anos de existência, disse esta segunda-feira o presidente da direcção da instituição.

"É o 25.º aniversário [da ALAD]. São 25 anos de experiência no apoio social em várias valências e em rede com outras entidades. Uma das grandes virtudes da ALAD é a quantidade de parceiros que tem e que nos dão algum conforto e nos ajudam a desenvolver estes projectos", disse à agência Lusa, o presidente da direcção da ALAD, Arnaldo Brás.

Ao longo da sua existência, a ALAD desenvolveu 58 projectos, o que obrigou a associação a criar uma estrutura que comporta actualmente 36 colaboradores, na sua maioria quadros técnicos. Conta ainda com um número significativo de voluntários (mais de duas dezenas) — sobretudo professores que colaboraram com a Universidade Sénior Albicastrense (USALBI).

"Ao longo destes 25 anos tivemos projectos muito interessantes, independentemente da área a que diziam respeito", sublinha Arnaldo Brás. Na sua fase inicial, a associação começou por se envolver em projectos de luta contra a pobreza. "Depois, à medida que a emigração começou a ter significado, foi-nos atribuído um centro local de integração de emigrantes. Desenvolvemos também com a Câmara Municipal [de Castelo Branco] o plano local de integração de emigrantes", disse.

Desde o início dos projectos a ALAD realizou mais de 55 mil atendimentos presenciais e mais de seis mil atendimentos telefónicos. A associação passou também a ter um núcleo distrital de apoio à vítima de violência doméstica que abrange todos os municípios situados ao sul da Gardunha. "A crescente prevalência da violência doméstica em Portugal, mostra a necessidade da existência da nossa Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica (EAVVD-CB) que presta apoio a vítimas deste tipo de crime", frisa.

Desde o seu início, em 2006, a EAVVD-CB realiza atendimentos, prestando apoio psicológico, social e jurídico, bem como o acompanhamento e encaminhamento devidos a cada situação e necessidade. "Durante este período, traduzido em números, acompanhámos cerca de 1859 pessoas entre 2006 e 2022", refere o presidente da associação.

Só este ano, até Outubro, registou um total de 141 novos casos em acompanhamento e 44 casos que transitaram de anos anteriores. Registou também um total de 51 novos acolhimentos, salienta.

A ALAD dispõe também do Centro de Acolhimento de Emergência para Vítimas de Violência (CAEV), que entre 2018 e o ano transacto já acolheu um total de 240 vítimas de violência doméstica.

De entre os vários projectos que a ALAD tem em desenvolvimento, destaca-se também a Resposta de Apoio Psicológico para Crianças e Jovens Vítimas de Violência (RAP Beira Baixa), que foi iniciada no final de 2021. "Até Outubro de 2023 já foram acompanhadas 87 crianças e jovens, assegurando a descentralização desta resposta pelos seis concelhos da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa", nota Arnaldo Brás.