“Os miúdos continuam a consumir álcool e a consumir muito”
O consumo pode ser recreativo, mas “este é um mau termo, porque também se trata de um consumo problemático”, diz a pedopsiquiatra Neide Urbano. “Há miúdos que se medicam com álcool”, acrescenta.
Neide Urbano, pedopsiquiatra do Hospital da Estefânia desde 2009 que faz urgência e acompanha jovens na Clínica da Juventude, realizou um estudo sobre intoxicações alcoólicas agudas nas crianças e adolescentes entre os 13 e os 17 anos entrados nas urgências. A médica concluiu que 382 tinham esse diagnóstico como causa principal ou associada ao motivo que os levou a precisar de assistência hospitalar. Desses, 138 casos ocorreram em 2016, quando a lei que proíbe a venda de álcool a menores já tinha entrado em vigor no ano anterior (em Julho de 2015). Foram mais de dez por mês, em média, e isto só no Hospital Dona Estefânia.
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