Álvaro Beleza diz que “chegou o tempo dos moderados” no PS
O dirigente socialista Álvaro Beleza considerou este domingo que "chegou o tempo dos moderados", defendendo que Portugal "precisa de um PS moderado, responsável e patriota".
O membro da Comissão Política do PS e presidente da Sedes falava aos jornalistas antes de participar num almoço em Cantanhede, em que se juntaram cerca de 30 militantes conotados com a ala direita do Partido Socialista, para o qual foi convidado Francisco Assis, que declinou.
Questionado pela agência Lusa sobre se estaria inclinado para apoiar algum dos candidatos à liderança do PS já anunciados (José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos), Álvaro Beleza disse que irá tomar uma posição, mas "na altura certa", considerando que o dia de hoje não é o tempo para isso.
"Acho que chegou o tempo dos moderados. Acho que é preciso moderação, mas não é só no PS, é no país. Portugal precisa de um PS moderado, responsável e patriota, e precisa de um PSD, que é outro partido fundador da nossa democracia, também moderado e reformista", salientou.
Para o também presidente da Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, "é preciso cavalheirismo" e "adultos na sala", já que os portugueses "precisam disso".
Sobre o almoço, Álvaro Beleza afirmou que é "um encontro de amigos que já estava marcado", entre "moderados" do PS, e notou que a moderação "é uma coisa que não está na moda".
Questionado sobre os candidatos já anunciados à liderança do partido, o socialista considerou que "José Luís Carneiro é um excelente ministro, um político de mão cheia, foi um grande presidente da Câmara, é um homem sério, inteligente e preparado", e que Pedro Nuno Santos "também é um jovem com muito talento, carismático, corajoso".
"O PS tem gente muito qualificada, felizmente", notou, na expectativa de que o partido consiga fazer uma reflexão profunda sobre o que se tem passado nos últimos anos, acreditando que tem "chance de ganhar as próximas eleições".
Álvaro Beleza defendeu que o PS possa apresentar-se nas próximas eleições como um partido reformista, propondo, entre outras, uma reforma da justiça, para que possa ser mais célere.