Crise sísmica abranda na Islândia, mas não o receio de uma erupção iminente

Três mil pessoas permanecem deslocadas. Autoridades permitiram visitas curtas a Grindavík para recolha de pertences e animais de estimação deixados nas casas evacuadas.

Rachas nas estradas devido à actividade vulcânica dos últimos dias, que levou à evacuação de Grindavik
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Rachas nas estradas devido à actividade vulcânica dos últimos dias, que levou à evacuação de Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Uma enorme falha aberta num campo de golfe devido à actividade vulcânica dos últimos dias, junto a Grindavik
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Uma enorme falha aberta num campo de golfe devido à actividade vulcânica dos últimos dias, junto a Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Mais sinais de actividade vulcânica junto a Grindavik
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Mais sinais de actividade vulcânica junto a Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Mais sinais de actividade vulcânica junto a Grindavik
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Mais sinais de actividade vulcânica junto a Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Uma racha causada pela actividade vulcânica junto a uma esquadra de polícia em Grindavik
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Uma racha causada pela actividade vulcânica junto a uma esquadra de polícia em Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
A estrada de acesso à Lagoa Azul, uma atracção turística, foi cortada devido ao perigo colocado pela actividade vulcânica
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A estrada de acesso à Lagoa Azul, uma atracção turística, foi cortada devido ao perigo colocado pela actividade vulcânica SOPA Images
O investigador Tom Winder, da Universidade da Islândia, instala um sismógrafo para monitorizar a actividades sísmica
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O investigador Tom Winder, da Universidade da Islândia, instala um sismógrafo para monitorizar a actividades sísmica SOPA Images
Uma visão geral dos danos causados ??pela actividade vulcânica num campo de golfe, em Grindavik
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Uma visão geral dos danos causados ??pela actividade vulcânica num campo de golfe, em Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Racha causada pela actividade vulcânica surge numa estrada na periferia de Grindavik
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Racha causada pela actividade vulcânica surge numa estrada na periferia de Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Uma racha causada pela actividade vulcânica junto a uma esquadra de polícia em Grindavik
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Uma racha causada pela actividade vulcânica junto a uma esquadra de polícia em Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Racha causada pela actividade vulcânica surge numa estrada na periferia de Grindavik
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Racha causada pela actividade vulcânica surge numa estrada na periferia de Grindavik Reuters/RUV/RAGNAR VISAGE
Os especialistas detectaram uma intrusão de magma, um "túnel" de 10 quilómetros, que passa directamente por baixo da localidade de Grindavik
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Os especialistas detectaram uma intrusão de magma, um "túnel" de 10 quilómetros, que passa directamente por baixo da localidade de Grindavik Reuters/ROAD ADMINISTRATION OF ICELAND
Este domingo, em Grindavik, as autoridades deram a oportunidade a uma pessoa de cada família de voltar a casa durante cinco minutos, acompanhados por um funcionário dos serviços de emergência, para recolher bens essenciais.
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Este domingo, em Grindavik, as autoridades deram a oportunidade a uma pessoa de cada família de voltar a casa durante cinco minutos, acompanhados por um funcionário dos serviços de emergência, para recolher bens essenciais. Reuters/ROAD ADMINISTRATION OF ICELAND
Uma estrada cortada devido à actividade vulcânica perto de Grindavik, Islândia
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Uma estrada cortada devido à actividade vulcânica perto de Grindavik, Islândia Reuters/ROAD ADMINISTRATION OF ICELAND
Depois de mais de 1400 sismos durante as últimas 48 horas na área de Grindavik, no sudoeste da Islândia, as autoridades do país ordenaram a evacuação da localidade
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Depois de mais de 1400 sismos durante as últimas 48 horas na área de Grindavik, no sudoeste da Islândia, as autoridades do país ordenaram a evacuação da localidade Reuters/ROAD ADMINISTRATION OF ICELAND
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Depois de terem sido registados mais de 1400 sismos durante 48 horas perto da localidade de Grindavík, no Sudoeste da Islândia, a 50 quilómetros da capital, Reiquiavique, a crise sísmica que levou à retirada de três mil habitantes das suas casas abrandou no domingo. Mantém-se, no entanto, o receio de uma erupção vulcânica que poderá ocorrer nos próximos dias.

"Isto são precursores típicos de uma erupção", explicou a académica Rikke Pederson, da Universidade da Islândia, em declarações à rádio nacional dinamarquesa. No entanto, disse, a redução da frequência e intensidade dos sismos nas últimas 24 horas também poderá indicar uma estabilização da situação geológica. "Pode ser difícil concluir o que isto significa", afirmou.

Por agora, o cenário de uma erupção iminente continua a ser dado como provável pelos cientistas e pelas autoridades islandesas. Os especialistas detectaram um fluxo de magma num "túnel" natural de 10 quilómetros que passa directamente por baixo da localidade de Grindavík. É algures ao longo desta linha que se espera que a erupção possa ocorrer, não estando descartado que possa ocorrer no mar e não em terra.

Este domingo, as autoridades deram a oportunidade a uma pessoa de cada família de voltar a casa durante cinco minutos, acompanhados por um funcionário dos serviços de emergência, para recolher bens essenciais e animais que tenham ficado para trás: há registo de gatos, cavalos, ovelhas e aves que foram deixados em Grindavík durante a evacuação de sexta-feira, que surpreendeu vários habitantes.

A elevada actividade sísmica na Islândia, e particularmente no Sudoeste do país, no entanto, não é propriamente uma surpresa. Nos últimos três anos, sucessivas crises vulcânicas ocorreram naquela região. Em Março de 2021, a lava chegou à superfície numa fissura de 750 metros no sistema vulcânico de Fagradalsfjall, próximo de Grindavík, que não registava actividade há seis mil anos.

A Islândia, situada na confluência das placas tectónicas da América e da Europa, no Atlântico Norte, tem 33 sistemas vulcânicos activos. Em 2010, a erupção do vulcão Eyjafjallajökull causou uma nuvem de cinzas que perturbou o tráfego aéreo internacional durante vários dias, sobretudo na Europa e na América do Norte. As autoridades islandesas descartam um cenário semelhante de disrupção internacional, uma vez que as características geológicas da zona onde agora se centram as atenções são diferentes.

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