A pulsação colectiva do Guimarães Jazz vai do barroco ao órgão em brasas
No primeiro fim-de-semana da sua 32.ª edição, o festival recebeu tanto a tradição, como as novas e estimulantes propostas do trio Homburger-Guy-Fernández e do novo septeto de Michael Formanek.
O primeiro concerto de Maya Homburger, Barry Guy e Agustí Fernández em trio, há coisa de seis anos, aconteceu para uma plateia de duas ou três centenas de físicos atómicos. Não foi, como se imagina, a situação mais vulgar no circuito do jazz e da música improvisada. Acontece que o organizador da conferência em Barcelona, amigo do pianista espanhol, é um fã muito particular da música que Barry Guy vem desenvolvendo em várias formações com Fernández e noutros tantos projectos com a violinista suíça (que é também a sua companheira de vida). E foi esse amigo a encomendar o concerto para um momento de pausa nos trabalhos da conferência. “Havia três Prémios Nobel na sala, o poder dos cérebros que estava ali era impressionante”, recorda Homburger em conversa com o PÚBLICO. “Dava para ouvir um zumbido”, acrescenta Guy, um dos mais notáveis nomes do jazz europeu, descrevendo essa ocasião em que todos aqueles cérebros crepitavam na mesma sala.
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