Sondagem: larga maioria prefere eleições antecipadas

Estudo feito logo depois de António Costa se demitir mostra que apenas um quarto dos inquiridos é favorável à nomeação de um novo primeiro-ministro do PS.

Foto
O primeiro-ministro demitiu-se na terça-feira Nuno Ferreira Santos
Ouça este artigo
00:00
01:39

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Uma sondagem feita poucas horas depois de António Costa pedir a demissão, na terça-feira, revela que a marcação de eleições antecipadas é a solução preferida por uma grande maioria dos inquiridos.

O estudo da Intercampus para a CMTV e para os jornais Correio da Manhã e Negócios, divulgado esta quinta-feira, mostra que 67,8% dos 602 entrevistados defende uma nova ida às urnas, enquanto 25,7% prefere a escolha de um novo primeiro-ministro do PS e a manutenção da actual maioria absoluta.

O Presidente da República esteve na quarta-feira a ouvir os partidos com assento parlamentar e, à excepção do PS, que defendeu abertamente a nomeação de um novo chefe de Governo, quase todos coincidiram na necessidade de chamar novamente os eleitores a pronunciar-se. A maior divergência parece ser de calendário, uma vez que PSD e Chega não se opõem a que o Orçamento do Estado seja aprovado antes da dissolução da Assembleia da República, enquanto IL, PCP e BE não fazem questão que isso aconteça.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou para esta quinta-feira o Conselho de Estado e, como noticiou o PÚBLICO, parece estar inclinado a marcar eleições legislativas para Fevereiro ou Março. A decisão final do Presidente deve ser comunicada ao país ao final do dia.

À pergunta sobre o que deve fazer Marcelo para resolver a inesperada crise política, houve ainda 6,5% dos inquiridos que disseram “não sei” ou que optaram por não responder.

A sondagem da Intercampus foi levada a cabo entre as 17h de terça-feira – menos de três horas depois de António Costa anunciar a demissão – e as 16h de quarta-feira, pelo que “a leitura destes dados deve ser feita com prudência”, alerta o Negócios. A margem de erro é de 4%.

Sugerir correcção
Ler 7 comentários