A tarefa da poesia de Manuel Gusmão (1945-2023): chamar o mundo

A poesia foi para ele uma “tarefa” dotada de alto sentido político, imanente à materialidade da linguagem; e também um exercício de reflexão sobre a própria literatura, em diálogo com todas as artes.

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Manuel Gusmão fotografado em 2008 NUNO FERREIRA SANTOS
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Para os seus pares e para quem convive de maneira exigente com as coisas da poesia, Manuel Gusmão, que morreu esta quinta-feira em Lisboa, é um nome que atrai geral aclamação, justificada por uma recepção crítica que reconhece a sua obra poética como uma das mais importantes da poesia portuguesa contemporânea. Não é o único domínio em que o seu trabalho se destacou: foi também um importante ensaísta (a sua leitura de muitos autores portugueses tornou-se indispensável para críticos, estudiosos e historiadores da literatura); um prestigiado professor de literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa que teve um papel fundamental no seu departamento; um membro do Comité Central e do sector intelectual do Partido Comunista que, mesmo nessa qualidade, gozou de um reconhecimento alargado e suprapartidário.

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