Books for Palestine: um leilão de livros (e não só) que recolhe fundos para a Palestina

Organizada por 28 voluntários, a campanha tem como objectivo preservar os direitos, vozes e cultura palestinianos. Há dezenas de objectos que vão a leilão para angariar fundos.

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Há dezenas de objectos que vão a leilão para angariar fundos Adriano Miranda
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Há dezenas de livros (e não só) prestes a ir a leilão para arrecadar fundos para enviar para a Palestina — são edições especiais, livros anotados pelos autores, packs assinados, sessões educativas sobre história e origem do conflito ou ilustrações. O objectivo da iniciativa Books for Palestine é ajudar o território financeiramente e de forma imediata e amplificar as vozes palestinianas. A campanha decorre online até ao dia 11 de Novembro.

O dinheiro que for arrecadado no decorrer do projecto vai ser doado directamente pelos vencedores dos leilões a três organizações à escolha, identificadas em parceria com activistas e outras entidades palestinianas: o Fundo de Ajuda às Crianças da Palestina (PCRF, na sigla original)​, o Festival de Literatura da Palestina e o Adalah Justice Project​, grupo dos EUA que tem como objectivo contribuir para um discurso público sobre a Palestina mais esclarecido e "contribuir para a construção de coligações" que levem "à libertação" do território.

Vários autores, ilustradores e entidades doaram obras para que fossem leiloadas no âmbito deste projecto. É o caso da escritora inglesa de origem paquistanesa Sabaa Tahir, que assina o livro de fantasia Uma chama entre as cinzas e o romance All My Rage; da autora norte-americana R.F. Kuang, responsável por A Guerra das Papoilas, Babel ou Yellowface e da norte-americana Tahereh Mafi, filha de pais iranianos, e autora da saga Shatter Me.

Esta não é a primeira campanha no formato leilão organizada pela Books for Palestine — a primeira aconteceu em 2021 e conseguiu angariar 86 mil dólares para o Fundo de Ajuda às Crianças da Palestina e para a Aliança das Crianças do Médio Oriente (MECA). A esteve inactiva desde então, mas, a 16 de Outubro, e perante o escalar do conflito, os organizadores, todos voluntários, decidiram voltar atrás na decisão de não fazer outro leilão. "Esperávamos não ter razões para o fazer", lê-se numa das publicações na página do Instagram. "Isto é muito pior do que antes. Por isso, sim, estamos de volta."

Numa página que reúne vários links relevantes, a organização disponibiliza ainda vários recursos para compreender a história da Palestina e a origem do conflito e menciona outras entidades às quais podes doar dinheiro de forma directa, como a Medical Aid for Palestianians (MAP) e a agência humanitária Islamic Relief.

  • Leituras, o site do PÚBLICO dedicado aos livros
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