Jardim da Praça da República, no Porto, reabilitado até 2025

Empreitada de 1,5 milhões de euros deve arrancar no próximo ano. Proposta de Teresa Portela Marques aumenta área de relvado e retoma “matriz original” do lugar de importantes acontecimentos históricos

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Projecto de reabilitação do jardim de Teófilo Braga DR
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O jardim de Teófilo Braga, na Praça da República, vai ser reabilitado, aumentando o espaço de relvado e desenhando caminhos limitados por muretes de granito. A proposta de Teresa Portela Marques, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, foi apresentada ao executivo do Porto nesta segunda-feira. Com um investimento previsto de 1,5 milhões de euros, a empreitada deve arrancar durante o ano de 2024 e tem o prazo previsto de 300 dias.

A enorme palmeira do jardim portuense — que começou por chamar-se Campo de Santo Ovídio e depois Campo da Regeneração — vai continuar a assumir um lugar central e não haverá nenhuma nova escultura ou grande monumento, como chegou também a ser pensado no passado.

A ideia da arquitecta paisagista Teresa Portela Marques foi regressar à matriz original daquele lugar. “Não fazer um projecto novo, mas um projecto que requalificasse esta praça, muito importante para a cidade, que respeitasse a sua evolução ao longo dos tempos”, disse. O projecto mantém o traçado fundamental, mas acrescenta manchas de vegetação (vão ser plantados 13 mil arbustos e 150 árvores) e aumenta o “espaço relvado, para permitir o recreio”.

Os caminhos vão ser limitados por muretes de granito e os bancos serão sobretudo feitos a partir desses muretes, embora estejam previstos, também, alguns de madeira, mais confortáveis.

O espaço central mantém-se “relativamente largo”, podendo funcionar como “uma espécie de anfiteatro”, e as estátuas (há várias naquele espaço) serão “acarinhadas”.

Questionada pelo vereador Alberto Machado, do PSD, sobre a inexistência de parque infantil, a arquitecta paisagista respondeu que a ideia foi fazer de todo o parque um recreio. “Os miúdos poderem saltar dos muretes para o chão, dar cambalhotas, correr. Não delimitar. A brincadeira aqui pode ser mais livre e espontânea, em condições de segurança.”

Maria Manuel Rola, do BE, recordou que aquele lugar é hoje usado sobretudo por pessoas em situação de sem-abrigo, até pela proximidade da sede dos Albergues do Porto, e apontou o dedo à diminuição de bancos mais confortáveis, para responder também ao uso actual do espaço.

Sobre as questões de segurança, preocupação revelada pelo vereador do PSD, Teresa Portela Marques garantiu que o projecto responde a isso e “reabrirá a praça para a cidade”. “O mais importante é criar um espaço apelativo, biodiverso, de fácil manutenção, numa zona da cidade que está a ser intervencionada. E que possa ser utilizado. É a utilização que vai trazer segurança.”

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