Recorde de tráfego dá lucros superiores a dois mil milhões à Ryanair

Entre Abril e Setembro deste ano, a Ryanair transportou 105,4 milhões de passageiros, número alcançado graças ao “recorde de tráfego” que foi registado durante o Verão.

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Ryanair alcançou "recorde de tráfego" no Verão Manuel Roberto
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A Ryanair alcançou lucros superiores a dois mil milhões de euros no primeiro semestre fiscal deste ano, valor que corresponde a um aumento de quase 60% face a igual período de 2022. A impulsionar os resultados da companhia aérea de baixo custo esteve o recorde de tráfego conseguido durante a Páscoa e no Verão.

Os resultados foram comunicados, nesta segunda-feira, 6 de Novembro, pela empresa irlandesa, que dá conta de que, no primeiro semestre fiscal de 2023 (o período compreendido entre Abril e Setembro deste ano), alcançou um resultado líquido de 2180 milhões de euros, um crescimento de 59% face aos 1370 milhões que tinham sido registados no mesmo período do ano passado.

Este crescimento, justifica a companhia aérea, fica a dever-se ao desempenho "forte" durante o período da Páscoa, bem como ao "tráfego recorde durante o Verão" e ao aumento dos preços das passagens aéreas, que compensou a subida dos custos do combustível durante o período em análise.

Ao todo, a Ryanair transportou 105,4 milhões de passageiros entre Abril e Setembro deste ano, um crescimento de 11% face ao ano passado, que levou a que a taxa de ocupação aumentasse para 95% durante este período, acima da taxa de 94% registada no ano passado. Assim, as receitas totais ascenderam a 8,58 mil milhões de euros, mais 30% do que os 6,62 mil milhões de receitas que tinham sido alcançadas em igual período do ano passado.

Para o conjunto deste ano fiscal, que terminará a 31 de Março de 2024, a Ryanair espera atingir os 183,5 milhões de passageiros, um número que, a concretizar-se, representará um crescimento de 9% no tráfego. Para já, garante a companhia aérea, "as reservas estão robustas, tanto no que diz respeito ao tráfego quanto em relação às tarifas, até ao final de Outubro e durante o pico do Natal".

Ainda assim, ressalva a empresa, há factores que poderão vir a afectar estas previsões, como o "aumento significativo" dos custos com o combustível durante o resto do ano, bem como uma "fraca visibilidade" daquele que poderá ser o desempenho durante o quarto trimestre fiscal (Janeiro a Março, tradicionalmente o período comercial mais fraco para a companhia aérea) e o "risco de um consumo mais fraco durante os próximos meses".

Assim, a Ryanair prevê que, no conjunto do ano fiscal terminado em Março de 2024, irá atingir um resultado líquido entre 1,85 mil milhões e 2,05 mil milhões de euros, "assumindo perdas moderadas durante o período de Inverno no segundo semestre".

Perante os resultados já alcançados e perspectivas em relação ao conjunto do ano, a Ryanair prepara-se para pagar o primeiro dividendo ordinário (isto é, com uma periodicidade regular) da sua história. O montante total a distribuir aos accionistas será de 400 milhões de euros (o equivalente a 35 cêntimos por acção), a ser pago em duas tranches de 200 milhões, uma em Fevereiro de 2024 e a seguinte em Setembro, após a assembleia-geral de accionistas.

Para os anos seguintes, a Ryanair planeia manter uma política de dividendos em que distribuirá aos accionistas o equivalente a 25% do resultado líquido.

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