Max Verstappen passa Prost no Brasil e ataca Vettel em Las Vegas

Campeão mundial estabelece novo recorde de vitórias num ano e passa a somar 52 triunfos em Grandes Prémios. Duelo entre Pérez e Alonso animou final.

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GP de São Paulo teve início acidentado Reuters/CARLA CARNIEL
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Sem surpresa, Max Verstappen (Red Bull) conquistou, este domingo, no Brasil, o 17.º triunfo do ano, ampliando o recorde pessoal que o coloca à frente do tricampeão Alain Prost, agora com 52 vitórias na carreira, e a um Grande Prémio de igualar o alemão tetracampeão Sebastian Vettel, terceiro do ranking de campeões com mais primeiros lugares, apenas atrás dos dois heptacampeões Lewis Hamilton (103) e Michael Schumacher (91).

No pódio, Lando Norris (McLaren) confirmou ser o segundo mais rápido do pelotão nesta recta final do Mundial de Fórmula 1, tendo o terceiro lugar sido discutido por Fernando Alonso (Aston Martin) e Sergio Pérez (Red Bull). Um duelo intenso que o espanhol venceu por 0,053 segundos, depois de o mexicano ter assumido o terceiro lugar na penúltima volta e de Alonso ter respondido nos últimos quilómetros.

O GP de São Paulo, 20.ª prova do calendário, começou com um abandono de peso antes mesmo do arranque, com Charles Leclerc (Ferrari) a ficar nas barreiras da "ferradura", ainda na volta de apresentação. O monegasco participou um problema hidráulico e já nem alinhou na grelha, tendo o monolugar sido "rebocado".

O choque dos "ferraristas" ainda não tinha sido digerido e a corrida conhecia novas emoções, sendo interrompida imediatamente após a partida, com um acidente que deixou Alex Albon (Williams) e Kevin Magnussen (Haas) fora de acção.

O embate, que envolveu ainda o Haas de Nico Hulkenberg, o McLaren de Oscar Piastri e o Alpha Tauri de Daniel Ricciardo na zona de travagem para a primeira curva, levou a uma bandeira vermelha que redesenhou a grelha.

No recomeço, Max Verstappen levou Lando Norris à ilharga nas primeiras voltas, enquanto Lewis Hamilton (Mercedes) - que ganhara duas posições -, na tentativa de atacar o compatriota, caiu na armadilha de Fernando Alonso, que começou a consolidar a ideia de acabar num lugar de pódio.

Atrás do espanhol, formou-se um comboio de DRS com George Russell a servir de escudo ao colega de equipa, Hamilton, exposto aos ataques de Sergio Pérez, que, depois dos seis pontos somados na sprint race, tentava ganhar mais alguns pontos na discussão pela vice-liderança do Mundial de pilotos, que alargou para 32 pontos.

Uma luta inglória para os Mercedes, sem velocidade nem pneus para ombrearem com o Red Bull do mexicano. Pérez desembaraçou-se de Russell e foi em busca de Hamilton, ultrapassando a dupla inglesa, para voltar a perder a posição para Hamilton nas boxes. Nada de preocupante, já que Hamilton nada pôde fazer para suster Pérez pouco depois.

Sem grandes motivos de interesse, também essa corrida pelo segundo lugar do Mundial arrefeceu abruptamente, com Hamilton a perder posições para Lance Stroll (Aston Martin) e Carlos Sainz (Ferrari).

A segunda passagem pelas boxes apenas acentuou os problemas dos Mercedes, agravados depois da desqualificação de Hamilton em Austin e que levaram Russell a abandonar em São Paulo.

Assim, a Fórmula 1 caminha rapidamente para o fecho de 2023, com os Grandes Prémios de Las Vegas e de Abu Dhabi nos dois últimos fins-de-semana de Novembro e as equipas cada vez mais focadas na próxima temporada.

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