“Temos sido capazes de dar resposta plena às necessidades”, diz ministro da Saúde
“Apesar das dificuldades e dos sítios onde temos constrangimentos, continua a haver dezenas e dezenas de urgências em funcionamento pleno em todo o país”, disse Pizarro.
O ministro da Saúde disse na manhã desta sexta-feira que "até ao momento", tem sido possível, "graças ao funcionamento em rede dos serviços", dar "resposta plena às necessidades". Na véspera de uma nova ronda negocial entre o Governo e as estruturas sindicais do sector, que estava prevista para esta sexta-feira e que foi adiada para sábado, Manuel Pizarro sublinhou que, apesar dos constrangimentos e de, "nalguns casos, com incómodo para os doentes e, noutros casos, sobrecarga para os prestadores" a resposta às necessidades tem sido "plena".
"Aliás, se vir nos últimos dias os atendimentos nos serviços de urgência, verificará que mantemos o mesmo número de atendimentos", referiu em declarações aos jornalistas na Fundação Calouste Gulbenkian, à margem do Seminário anual do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
"Apesar das dificuldades e dos sítios onde temos constrangimentos, continua a haver dezenas e dezenas de urgências em funcionamento pleno em todo o país que estão, essas sim, sobrecarregadas por haver doentes transferidos de outros serviços que não estão em pleno", acrescentou ainda o governante.
Questionado sobre a negociação deste sábado e a necessidade de chegar a um acordo, o ministro da Saúde frisou que, neste momento, a pressão está nos "muitos profissionais que continuam a manter as urgências a funcionar". Quanto à reivindicação dos médicos de aumentos de 30%, Pizarro defendeu que "há até várias propostas de flexibilidade que ultrapassam muito esse valor".
"O diálogo com os sindicatos é um diálogo de boa-fé, com uma evolução assinalável das propostas e continuamos a trabalhar para uma aproximação de posições. O Governo está disponível para se aproximar das reivindicações dos médicos, por exemplo, baixando progressivamente o horário de trabalho das actuais 40 horas para as 35, baixando o número de horas que os médicos realizam no serviço de urgência de 18 para 12", disse também, para rematar que: "Ninguém pode esperar que uma negociação signifique intransigência por qualquer das partes."