PSD defendeu Pacto para a Saúde e não fez esse desafio no debate do OE?
Deputado do PSD estranhou silêncio da direcção do partido sobre proposta de pacto
A frase
Estranho que no debate do Orçamento - e durante quase uma semana, não se fale no Pacto para a Saúde proposto em audiência ao Presidente da República. Nem governo, nem oposição, incluindo o partido proponente, disseram uma palavra que fosse sobre tão relevante desafio.
António Maló de Abreu, deputado do PSD
O contexto
O deputado do PSD, que fora vice-presidente durante o consulado de Rui Rio, fez este comentário na rede X (antigo Twitter) na terça-feira, segundo dia do debate do Orçamento do Estado.
Os factos
O líder do PSD, Luís Montenegro, foi recebido pelo Presidente da República no dia 25 de Outubro, a seu pedido, para debater o estado da saúde e no final da reunião defendeu um pacto nacional para a saúde, que envolva Governo, partidos e os sectores público, social e privado, para acabar com a “hipocrisia assente em pés de barro” de que o SNS será suficiente.
Durante o debate do Orçamento do Estado para 2024, na segunda e terça-feira no Parlamento, o tema da saúde foi discutido pelos intervenientes do PSD, a começar pelo líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, que fez uma intervenção no início do debate e a quem coube encerrar o mesmo, pelo PSD. Miranda Sarmento fez várias críticas ao OE, apontando quatro pecados capitais, sendo que um deles tinha a ver com a Saúde. O dirigente acusou o Governo de ter deixado o Serviço Nacional de Saúde num “caos” e de ter “má gestão”. “Quando se atira dinheiro para cima dos problemas, uma das duas coisas desaparece, mas raramente é o problema”, argumentou no encerramento do debate.
No primeiro dia, tinha insistido que um dos grandes problemas da Saúde tinha a ver com a gestão e que o Governo em “oito anos” não conseguiu melhorar o SNS.
Em resumo
A frase de Maló de Abreu é verdadeira.