Xerazade chega ao Bando para desafiar o poder
Primeiro de quatro espectáculos em torno das 1001 Noites, A Irmã Persa centra-se na tomada de consciência de que as histórias são uma arma. Em Palmela, até 10 de Dezembro.
Das 1001 Noites conhecemos, antes de mais, a infinidade de histórias que Xerazade vai desfiando diante do rei Xariar para afugentar a sua morte. Mas já não é tão claro que saibamos o que levou Xariar a prometer casar-se com uma nova mulher todas as noites, para mandar matá-la na manhã seguinte, e como Xerazade se juntou a esta longa fila de sacrificadas às mãos da vingança todo-poderosa do rei. É por este prólogo às 1001 Noites que Suzana Branco avança na primeira de quatro peças que O Bando tem previstas para os próximos anos (a cargo de diferentes encenadores da casa), criando todo um universo de sombras, equilibrado entre as revelações e o mistério que convoca, a partir do preâmbulo de 20 páginas aos três volumes das 1001 Noites, na sua recente edição portuguesa (tradução de Hugo Maia, a partir do árabe, para a E-Primatur).
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