Taxas Euribor voltam a agravar prestação dos empréstimos da casa a rever em Novembro
Médias dos três prazos utilizados no crédito à habitação subiram mais um pouco, mas a um ritmo mais lento.
No dia em que se assinala o Dia Mundial da Poupança, muitas famílias são confrontadas com mais um agravamento da prestação da casa, especialmente para quem tem revisões em Novembro. Os três prazos das Euribor utilizados no crédito à habitação voltaram a aumentar em Outubro, apesar da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de não subir as taxas directoras.
A média da Euribor a três meses subiu para 3,968%, mais 0,088 pontos percentuais do que em Setembro (3,881%). Numa das sessões do mês que agora acaba, este prazo chegou a superar a barreira dos 4%.
A taxa de juro a seis meses foi a que mais subiu em Outubro, fixando-se em 4,115%, mais 0,085 pontos (4,03%), que no mês anterior.
E a taxa a 12 meses, o prazo que está presente em mais empréstimos, foi a que menos subiu, fixando-se em 4,160%, mais 0,011 pontos que no mês anterior (4,149%).
Estas médias mensais das taxas Euribor servem para as revisões de contratos de créditos à habitação e às empresas que ocorram em Novembro, bem como novas operações a concretizar ao longo do próximo mês.
Os valores agora atingidos também acabam por ter impacto nas revisões que ocorram nos próximos meses, porque os níveis atingidos são altos, e porque é espectável que as taxas, com pequenas variações, se mantenham no actual patamar durante os próximos meses.
Os sinais de estabilização são dados pelo valor da Euribor a 12 meses, que ficou, pelo segundo dia consecutivo, abaixo do valor da de seis meses, o que pode significar uma perspectiva de descida num horizonte de 12 meses.
Mas estas variações da Euribor estão muito associadas às decisões de política monetária do BCE, que na última reunião fez uma pausa na subida de taxas, mas não excluiu a necessidade de novas subidas, num contexto de maior incerteza, gerado pelo conflito Médio Oriente.