Remake de Branca de Neve e os Sete Anões adiado por um ano

Com a greve dos actores ainda por resolver em Hollywood, a estreia do mais recente (e polémico) live-action inspirado num clássico só terá lugar em Março de 2025.

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O remake de "Branca de Neve" foi adiado para 2025 DISNEY
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Os Estúdios Walt Disney actualizaram o seu calendário de lançamentos na passada sexta-feira, 27 de Outubro, anunciando o adiamento das datas de estreia de vários filmes, incluindo Snow White, a versão live-action do filme Branca de Neve e os Sete Anões (1937), que deveria ser lançado em Março de 2024, e que final só chegará às salas um ano depois, no dia 21 de Março de 2025. Com um orçamento de 330 milhões de dólares (cerca de 312 milhões de euros), o filme tem estado envolto em diversas polémicas desde que a Disney anunciou a intenção de produzir um remake daquela que foi a primeira longa-metragem lançada pelo gigante da animação.

A instabilidade provocada pela greve de actores que está a afectar a indústria de cinema americana, e que também ditou o adiamento por um ano do filme de animação Elio, dos estúdios Pixar, que integram o grupo Disney, foi o motivo invocado para estes reagendamentos. Mas não é de excluir que os esforços da Disney para dissipar as controvérsias geradas pelo projecto possam ter também contribuído para este atraso.

A julgar pela primeira imagem oficial do filme agora divulgada pelos estúdios, que mostra a actriz Rachel Zegler no papel de Branca de Neve, rodeada por sete anões claramente gerados com recurso a imagens criadas em computador, parece estar afastado o rumor de que a Disney teria contratado actores que não são anões para representar as personagens de Mestre, Feliz, Envergonhado, Constipado, Zangado, Dorminhoco e Dunga. Em Julho foram divulgadas várias imagens que mostravam Rachel Zegler rodeada de actores de diversas proveniências étnicas e que não pareciam ser anões, mas a informação relativa ao elenco até agora divulgada pela Disney não inclui quaisquer nomes para interpretar os anões.

A própria escolha de Zegler, uma actriz americana de ascendência colombiana e polaca, foi saudada por uns e criticada por outros como uma cedência ao politicamente correcto. Peter Dinklage, um conhecido actor com nanismo, popularizado pela sua interpretação de Tyrion Lannister na saga A Guerra dos Tronos, confessou-se "surpreendido" por a Disney escolher "uma actriz latina", e se mostrar "muito orgulhosa" disso, e depois insistir em ressuscitar o conto dos Grimm. “São progressistas por um lado, mas continuam a contar essa história retrógrada acerca de sete anões que vivem juntos numa cave?", interroga-se o actor.

Respondendo às críticas de Dinklage, um porta-voz da Disney assegurou: "Para evitar reforçar os estereótipos do filme de animação original, estamos a abordar de outra maneira estas sete personagens, e temos vindo a consultar membros da comunidade de pessoas com nanismo". Mas o assumido afastamento da história original também tem sido censurado. A própria Rachel Zegler chegou a envolver-se directamente na polémica. "Estão a dizer estas piadas acerca de a nossa Branca de Neve ser politicamente correcta, mas ela precisava disso: é um desenho animado com 85 anos, e esta versão é uma história refrescante acerca de uma jovem mulher que tem outra função para além de esperar que um dia chegue o seu príncipe", afirmou a actriz à Vanity Fair, ainda em 2022.

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