O tetra no râguebi mundial é da África do Sul

Os “springboks” derrotaram a Nova Zelândia, por 12-11, e conquistaram pela quarta vez o Campeonato do Mundo de râguebi.

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A África do Sul ganhou pela quarta vez um Mundial de râguebi Reuters/SARAH MEYSSONNIER
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Dezasseis anos e oito dias depois, o Stade de France, em Saint-Denis, voltou a consagrar a África do Sul. Tal como tinha acontecido a 20 de Outubro de 2007, quando os “springboks” venceram na final do primeiro Campeonato do Mundo disputado em França a Inglaterra (15-6), conquistando pela segunda vez a competição após o histórico Mundial de 1995 onde Nelson Mandela teve um papel fulcral, a África do Sul voltou ao topo do râguebi internacional e, após derrotar na final a Nova Zelândia, por apenas um ponto (12-11), tornou-se no primeiro país a conseguir o tetra.

O que têm em comum no Mundial 2023 a França, a Inglaterra e a Nova Zelândia? As três selecções defrontaram a África no Sul nas fases a eliminar – “quartos”, “meias” e final” – e todos perderam por apenas um ponto.

Numa final de uma intensidade e emoção à altura do jogo mais importante de um Campeonato do Mundo, a África do Sul foi fiel ao seu ADN – pragmática e de uma fisicalidade impressionante – e teve do seu lado um detalhe que fez toda a diferença: a Nova Zelândia jogou mais de metade dos oitenta minutos em inferioridade numérica.

O duelo em Saint-Denis começou a ser decidido logo no segundo minuto: Shannon Frizell viu um amarelo após uma placagem que acabou por colocar Mbongeni Mbonambi, o influente talonador dos “springboks”, fora de jogo logo nos primeiros instantes.

Em vantagem numérica durante dez minutos, a África do Sul fez o que fazem as grandes selecções. Aproveitando todos os erros neozelandeses, os sul-africanos capitalizaram o ascendente para somar seis pontos com duas penalidades de Handre Pollard.

Com o regresso de Frizell, os “all blacks”, por Richie Mo'unga reduziram de imediato (3-6), aos 27 minutos a Nova Zelândia ficou com uma enorme montanha para escalar: Sam Cane viu o vermelho após uma placagem alta que atingiu um sul-africano na cabeça.

Tendo do outro lado a resultadista África do Sul e menos um jogador até ao final com 3-9 no marcador, parecia que a missão passava a ser impossível para os “kiwis”, mas isso esteve longe de ser uma realidade.

Com uma enorme atitude e aproveitando dois amarelos a sul-africanos, que durante 20 dos 40 minutos do segundo tempo colocaram as equipas em igualdade numérica, os “all blacks” chegaram ao único ensaio do jogo - Beauden Barrett, aos 58' - e, com apenas um ponto de desvantagem no marcador (11-12), encostaram a África do Sul às cordas, mas, com a equipa com mais experiência no Mundial 2023 segurou o ponto que precisava, tal como nos “quartos” e “meias”, repetindo a conquista de 2019 e tornando-se na primeira selecção a conquistar por quatro vezes um Campeonato do Mundo.

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