Prédio em Braga evacuado após desabamento parcial no interior

O desabamento parcial no interior de um prédio no centro de Braga obrigou à evacuação de 15 pessoas. As causas do desabamento ainda não são conhecidas.

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Oito moradores e sete comerciantes tiveram de abandonar o prédio Elsa Moura/RUM
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O desabamento parcial de paredes e pavimentos do interior de um prédio no centro de Braga obrigou à evacuação de oito moradores e sete comerciantes no prédio em causa e noutro contíguo. As causas para o desmoronamento, cujo alerta foi dado às 9 da manhã, ainda não estão apuradas mas podem estar relacionadas com trabalhos de perfuração e consolidação que decorrem num outro edifício adjacente - o antigo Palácio da Justiça onde nascerá o museu de Arte Contemporânea, uma obra da empresa dstgroup.

Para já, a suspeita não se confirma, mas é certo que, segundo dados da empresa, adiantados ao PÚBLICO pelo vereador da Câmara de Braga com o pelouro da protecção civil, Altino Bessa, estavam a ser realizadas “ancoragens a 18 metros de profundidade” do edifício em obras. Também se desconfiou que o desabamento de paredes e pavimentos do prédio ocupado pudesse estar relacionado com uma conduta de águas pluviais, mas a hipótese já foi descartada.

Entretanto, está interditado o acesso aos apartamentos e às lojas dos dois prédios afectados, bem como ao trânsito automóvel na zona, localizada junto ao edifício da Câmara Municipal, por se desconhecer “se há um perigo de estabilidade de ambos os edifícios”, diz Altino Bessa.

Foi o proprietário de uma das lojas, José da Silva, quem deu o primeiro alerta às 9 da manhã. Apesar de as obras no edifício adjacente, da responsabilidade do dstgroup, já durarem desde Maio passado, esta foi a primeira vez que ouviu um “estrondo” na sua loja. Verificou que o som tinha vindo do primeiro piso do prédio da sua loja, situada no rés-do-chão. “Ouvi um estrondo grande no piso de cima. Depois percebi que foi o estuque que caiu no pavimento, que é em madeira”. No exterior, assinala, também se vislumbram “rachadelas”.

O edifício onde José tem a loja tem dois pisos superiores. Ambos os pisos, onde se verificaram as rachadelas, são compostos por habitações, mas no momento do alerta os apartamentos estavam desocupados. “São pessoas que só cá estão ao fim-de-semana”, diz o comerciante. O vereador Altino Bessa confirma que esse é o edifício que “apresenta mais fissuras, e onde se verificaram rachadelas no pavimento e em paredes”.

Por precaução, no prédio contíguo, no número 21 da rua Frei Caetano Brandão, que integra oito apartamentos, dois dos quais desabitados, foram evacuadas oito pessoas – “dois casais e quatro pessoas”, adianta o vereador Altino Bessa.

Enquanto as causas para o desmoronamento parcial não forem apuradas, manter-se-á a interdição às lojas e aos apartamentos afectados, e ao trânsito automóvel. Caso as condições de segurança não fiquem garantidas, o município assegura alojamento aos oito moradores em causa em hotéis da cidade.

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