Pelo menos 27 pessoas morreram na sequência da passagem do furacão Otis pela costa Sul do México, nomeadamente pelas regiões de Acapulco e de Técpna, no estado de Guerrero. A informação foi confirmada esta quinta-feira pelo Governo mexicano.
Importa lembrar que Otis – que na terça-feira estava classificado apenas como uma tempestade tropical – transformou-se rapidamente num furacão de categoria cinco, a mais elevada na escala de Saffir-Simpson (de um a cinco), atingindo rajadas de ventos que rondaram os 265 quilómetros por hora.
Ao amanhecer de quarta-feira, ainda que Otis fosse já furacão de categoria 1, Acapulco acordou sem electricidade ou água potável e com inúmeras vias de comunicação danificadas, situações que continuam por resolver. Uma vez que esta é uma das cidades mais visitadas na costa sul do México, rapidamente surgiram relatos de inundações, deslizamentos de terras e derrocadas.
Além das vítimas mortais, o Governo do México confirmou que quatro pessoas continuam desaparecidas. De acordo com o Presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, as vítimas são militares da Marinha.
Como referido, o olho do furacão atravessou os arredores de Acapulco, cidade com quase 900 mil habitantes e uma das mais pobres do México. Por isso, como escreveu o New York Times, ao problema ambiental somam-se os prejuízos nas unidades hoteleiras, a insegurança e a criminalidade. Nas últimas horas, os media mexicanos noticiaram vários furtos, alegações que a Reuters não conseguiu verificar independentemente.
Os trabalhos no aeroporto internacional de Acapulco permanecem suspensos, depois de a torre de controlo ser derrubada e várias estradas de acesso permanecerem bloqueadas.
O Presidente do México chegou a Acapulco na quarta-feira, por estrada, mas teve de trocar de veículo mais do que uma vez. Segundo o Ministério da Defesa mexicano, foram alocados nos arredores da cidade 8400 militares com a missão de ajudar no processo de limpeza e identificação de eventuais vítimas.