De tempestade tropical a furacão de categoria 5 em 24h: Otis atinge o México
Cidade de Acapulco atingida por ventos que chegaram aos 265 km/h.
O furacão Otis atinge desde a madrugada de quarta-feira a costa Sul do México, e em particular a cidade de Acapulco. De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA, o Otis – que na terça-feira estava classificado apenas como uma tempestade tropical – transformou-se rapidamente num furacão de categoria cinco, a mais elevada na escala de Saffir-Simpson (de um a cinco). Citados pelo New York Times, vários meteorologistas referem o carácter invulgar da tempestade, que se “intensificou explosivamente” em menos de um dia.
O olho do furacão passou pelos arredores de Acapulco, cidade com mais de um milhão de habitantes, banhada pelo Oceano Pacífico, e um dos mais populares destinos turísticos do continente americano. Foram registadas rajadas de vento de 265 quilómetros por hora.
Ao amanhecer de quarta-feira, ainda que Otis fosse já furacão de categoria um, a cidade acordou sem electricidade e sem inúmeras vias de comunicação, algumas "completamente destruídas", conforme revelou o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. Numa altura em que o Governo continua a procurar por eventuais vítimas – um trabalho dificultado pela escassa comunicação com as áreas atingidas –, as imagens da imprensa mexicana e de testemunhas no local revelam deslizamentos de terras, derrocadas e inundações.
O Otis continua agora a perder força à medida que se desloca para o interior montanhoso do México e é agora categorizado como tempestade tropical. Contudo, as fortes chuvas associadas ao fenómeno irão persistir durante esta quinta-feira. O Presidente mexicano apelou por isso à colaboração e compreensão dos habitantes da região, que deverão afastar-se da costa, onde se regista uma subida do nível das águas.
Segundo López Obrador, as regiões de Acapulco e Técpna, ambas no estado de Guerrero, foram as mais atingidas pela intempérie. O Presidente estará a avaliar a hipótese de visitar as zonas afectadas, mas persistem de momento dúvidas sobre a viabilidade da deslocação.