Para combater isolamento social, Câmara de Braga arrenda casa para 14 pessoas

Trata-se de uma residência partilhada, no centro da cidade, para pessoas com idades entre os 48 e os 79 anos. Financiamento recorreu ao PRR.

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14 pessoas vão em breve receber as chaves de uma nova casa Paulo Pimenta
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A Câmara de Braga vai arrendar uma moradia no centro da cidade para acomodar 14 pessoas nos próximos dez anos. Trata-se de uma solução de residência partilhada, ou cohousing, em que cada habitante terá um quarto e dividirá as áreas comuns.

O valor da renda a pagar por cada inquilino é “simbólico e pago em função dos rendimentos”, adiantou Carlos Videira, administrador da empresa municipal de habitação de Braga, a BragaHabit, numa visita à moradia. Na residência, que será habitada a partir do início de Novembro, as despesas de água, luz e gás serão divididas por todos os habitantes.

Os 14 habitantes – dez homens e quatro mulheres – têm idades compreendidas entre os 48 e os 79 anos: uns estão integrados no mercado de trabalho, outros são beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) e outros são reformados, esclareceu o responsável da BragaHabit.

Os inquilinos, que habitavam casas “sem condições de habitabilidade e em redutos de instabilidade familiar”, classificou o vereador com o pelouro da Habitação, João Rodrigues, terão ali um “tecto onde podem dormir em segurança e com condições de conforto”, acrescentou Carlos Videira. A comunhão de idosos num mesmo espaço também constitui o “combate contra o isolamento social e a solidão”, disse ainda o responsável.

A residência partilhada está instalada num antigo lar de idosos, pertencente a um privado e com o qual a Câmara de Braga estabeleceu um contrato de subarrendamento por um período de dez anos. O contrato é financiado ao abrigo do 1.º Direito, que recorre a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O regime de residência partilhada é um dos sete programas de incentivos disponibilizados pela empresa municipal de habitação de Braga. No total, os apoios, que se dividem pela ajuda no pagamento de rendas e de prestações ao banco, abrangem actualmente 2000 famílias. Em lista de espera para os apoios estavam, em Agosto, mais de 400 famílias. No caso do regime de residência partilhada, estão agora 33 pessoas em lista de espera, adiantou Carlos Videira.

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