Uma estudante foi morta e outros três ficaram feridos na manhã desta segunda-feira, vítimas de um tiroteio numa escola no bairro de Sapopemba, no Leste do estado brasileiro de São Paulo. Suspeito tem 16 anos e foi detido no local.

"O governo de São Paulo lamenta profundamente e está solidário com as famílias das vítimas do ataque ocorrido na manhã desta segunda-feira na escola estadual Sapopemba", afirmou em comunicado a administração local. "Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares."

O alerta foi dado à Polícia Militar pelas 7h30 desta manhã (11h30 em Portugal continental).

As autoridades confirmaram a morte de uma estudante de 17 anos e adiantaram que outros três alunos feridos receberam cuidados de saúde no Hospital de Sapopemba. Duas jovens foram alvejadas e um rapaz ficou ferido quando tentava fugir da escola. Nenhum dos feridos corre risco de vida.

"A Polícia Militar foi accionada, deteve o autor dos disparos e apreendeu a arma utilizada", esclareceu o governo de São Paulo. O suspeito é um jovem de 16 anos, estudante da mesma escola secundária, que usou uma arma do pai para cometer os crimes.

Segundo os testemunhos de alunos e professores citados pela imprensa brasileira, o autor dos disparos seria vítima de bullying e homofobia, tendo chegado a ameaçar, semanas antes, que faria um atentado na escola.

O Presidente do Brasil também reagiu e enviou condolências às famílias da jovem assassinada e dos estudantes feridos. "Não podemos normalizar armas acessíveis a jovens na nossa sociedade e tragédias como esta", escreveu Lula da Silva na plataforma X.

O Governo São Paulo apelou ainda através das redes sociais aos utilizadores para que não partilhem vídeos do ataque a circular na Internet. "É de conhecimento geral que estes vídeos causam o chamado 'efeito contágio', estimulando novos episódios."

Desde Janeiro, este é o nono ataque violento em escolas no Brasil, num total de nove vítimas mortais. A dois meses do final de 2023, este já é o ano com mais ataques em estabelecimentos de ensino brasileiros de sempre.

Em Março passado, num incidente semelhante, um aluno de 13 anos matou, com recurso a arma branca, uma professora de 71 anos e deixou quatro colegas feridos num ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na zona Oeste de São Paulo.