A dívida histórica da CP já foi. E os novos comboios quando aparecem?

Apesar dos discursos sobre as alterações climáticas, as portagens ferroviárias aumentam enquanto as rodoviárias baixam.

Há, por estes dias, sinais muito contraditórios na ferrovia. A divida histórica da CP é assunto resolvido, mas as portagens ferroviárias aumentam enquanto as rodoviárias (no interior do país e Algarve) baixam. Que prioridade tem o ambiente quando a vontade de discriminar positivamente a ferrovia parece escassa? No país dos carros, discutir os aumentos do Imposto Único de Circulação agita mais os corações do que falar sobre a perda de competitividade para as nossas mercadorias sobre carris. Ainda se o debate fosse sobre bitola…

Das mercadorias para os passageiros, certo é que a CP tem de dar a corda aos sapatos. Duas razões: há seriamente o risco de a CP não ter comboios de alta velocidade a tempo da inauguração da linha Porto-Soure e a relação com o cliente não pode funcionar como se estivéssemos em tempos de monopólio. Isto quando são cada vez mais os passageiros que vão passando dos carris para o alcatrão, à boleia dos preços baixos e frequência das companhias de autocarros.


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