Afinal, não há nada de mal em fazer “snooze” ao despertador (algumas vezes)

Para quem sofre de insónias ou sonolência, dormir enquanto o próximo despertador não toca ajuda a desempenhar melhor tarefas do dia-a-dia, diz a Sociedade Europeia de Investigação do Sono.

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Definir vários alarmes e voltar a cair no sono sempre que o dedo clica no botão de adiar ou desligar é o método (caótico) que algumas pessoas utilizam para acordar. Segundo um novo estudo da Sociedade Europeia de Investigação do Sono​, não é mau de todo. Além de uns minutos extra de descanso entre os lençóis, o snoozing, ou seja, entrar num sono leve ou sesta enquanto o próximo despertador não toca, pode trazer benefícios.

Segundo o estudo publicado esta quarta-feira no Journal of Sleep Research, no qual participaram 1732 adultos, 69% admitiu definir vários alarmes ou adiá-los consecutivamente, pelo menos, algumas vezes. Para os que disseram adormecer, na grande maioria jovens de 27 anos que se deitam mais tarde, é uma técnica que lhes garante, em média, mais 22 minutos de sono cada manhã.

Numa segunda fase, os investigadores analisaram os efeitos dos vários despertadores em 31 pessoas. Os participantes dormiram três dias no laboratório: na primeira noite fizeram apenas testes; na segunda puderam fazer uma sesta de 30 minutos até o segundo alarme tocar e na terceira acordaram com apenas um despertador. Os estudos cognitivos concluíram que os participantes acordaram sonolentos com um ou vários despertadores, mas registaram um melhor desempenho quando os testes lhes permitiram dormir mais meia hora.

"Os resultados indicam que não há razão para deixar de dormir a sesta de manhã se gostarmos de o fazer, pelo menos não durante períodos de sesta de cerca de 30 minutos", afirmou Tina Sundelin, autora da investigação e professora na Universidade de Estocolmo​. A par disto, defende, o snoozing pode ajudar a ficar mais acordado durante o dia quem tem sonolência matinal, sofre de insónias ou problemas físicos.

O estudo revelou ainda que a sesta não provocou alterações nos níveis de stress, humor ou número de horas que estas pessoas dormem por noite. O único ponto menos positivo é o facto de sermos interrompidos pelos sons dos alarmes e ficarmos com seis minutos de sono a menos.

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