Coliseu do Porto à espera da AMP para candidatura ao programa Portugal 2030

Miguel Guedes acredita que a Área Metropolitana do Porto vai inscrever esta sexta-feira o programa de obras na casa a fundos europeus. São precisos 3,5 milhões para intervenções estruturais.

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Coliseu do Porto vai fazer 82 anos Adriano Miranda
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O temporal que, estes dias, tem assolado o país obrigou o Coliseu do Porto a cancelar o concerto que a cantora Mayra Andrade tinha marcado para a noite desta quinta-feira e a reagendá-lo para o dia 6 de Novembro. E, na semana passada, um espectáculo da Companhia Nacional de Bailado teve de começar com atraso, igualmente por causa de uma infiltração de água.

Estes são dois exemplos dos problemas por que passa a histórica sala de espectáculos portuense, e que o seu presidente, Miguel Guedes, espera poderem ser solucionados em definitivo com a candidatura de um programa de obras estruturais aos fundos europeus, através do programa Portugal 2030.

A decisão passa pela Área Metropolitana do Porto (AMP), e Miguel Guedes acredita que essa inscrição será decidida na reunião que o organismo metropolitano realiza esta sexta-feira.

“Estamos na altura de tomarmos decisões que são absolutamente fundamentais para a realização dessas obras e para a projecção do futuro do Coliseu”, diz o presidente e músico, que não equaciona a hipótese de a inscrição não vir a acontecer. “Seria muito difícil entender que, num equipamento que é um enorme projecto metropolitano e colectivo, decisivo para a vida cultural da região, não possa haver uma decisão consensualizada com os 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, liberta de conclaves e lógicas partidárias”, acrescenta.

Segundo Miguel Guedes, o Coliseu do Porto precisa de cerca de 3,5 milhões de euros para a realização, “urgente e decisiva”, de obras de reabilitação, por exemplo, na fachada, nas caixilharias e nos circuitos de acessibilidade. É algo que nunca foi feito na já longa história do edifício, que vai fazer em Dezembro 82 anos.

No imediato, o Coliseu está a lançar um concurso público para a reparação do telhado, que terá um custo de 300 mil euros, e a intervenção deverá começar em Novembro, para durar cerca de dois meses, se a meteorologia ajudar. Mas o equipamento necessita de avançar com as restantes obras referidas, e este “é um momento absolutamente decisivo para aceder aos fundos europeus”, realça o presidente da Associação Amigos do Coliseu, que disso mesmo deu conta, numa reunião em Julho com o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, autarca de Gaia.

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