Polícia britânica acusa activista climática Greta Thunberg de crime de desobediência

A activista climática Greta Thunberg foi detida num protesto à porta de um hotel londrino onde decorria uma conferência sobre petróleo e gás. Vai a tribunal no dia 15 de Novembro.

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A activista sueca do clima Greta Thunberg foi detida durante um protesto em Londres, Grã-Bretanha, a 17 de outubro de 2023 Reuters/CLODAGH KILCOYNE
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Protesto em Londres durante um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás Reuters/TOBY MELVILLE
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Protesto em Londres durante um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás Reuters/CLODAGH KILCOYNE
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Protesto em Londres durante um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás Reuters/CLODAGH KILCOYNE
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Protesto foi à porta do Hotel Intercontinental, no centro de Londres, onde se realizava o Energy Intelligence Forum, um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás EPA/ANDY RAIN
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Protesto em Londres durante um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás Reuters/TOBY MELVILLE
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Protesto em Londres durante um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás Reuters/TOBY MELVILLE

A activista climática Greta Thunberg foi acusada pela polícia britânica na quarta-feira, depois de ela e outros terem sido detidos num protesto à porta de um hotel londrino onde decorria uma conferência sobre petróleo e gás. Não é a única: 25 outros indivíduos foram também acusados em relação ao protesto de terça-feira, acrescentou a polícia.

Thunberg e os restantes activistas foram acusados de crime de desobediência da ordem de dispersão de reunião pública, por não ter cumprido as instruções que a polícia disse terem sido impostas para evitar “graves perturbações à comunidade, ao hotel e aos hóspedes”. Foi libertada sob fiança e deverá comparecer em tribunal a 15 de Novembro.

Greta Thunberg, que se tornou o rosto de jovens activistas do clima em todo o mundo depois de faltar às aulas às sextas-feiras para fazer protestos semanais em frente ao Parlamento sueco em 2018, foi este ano detida pela polícia ou retirada de protestos na Suécia, Noruega e Alemanha.

A jovem já tinha sido condenada. Em Julho, foi considerada culpada de ter desobedecido a uma ordem da polícia para abandonar uma manifestação climática na cidade de Malmo, no Sul da Suécia, a 19 de Junho, e foi condenada ao pagamento de uma multa.

Thunberg admitiu ter participado no protesto e ter desobedecido à ordem da polícia, mas declarou-se inocente e disse que estava a agir por necessidade. “As minhas acções são justificáveis”, disse ao tribunal, segundo o jornal Sydsvenskan. “Acredito que estamos numa situação de emergência que ameaça a vida, a saúde e a propriedade. Inúmeras pessoas e comunidades estão em risco, tanto a curto como a longo prazo.” Desconhece-se, no entanto, o valor da coima que foi condenada a pagar, sabendo-se apenas que seria aplicada com base nos rendimentos declarados por Thunberg.

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Parte do protesto climático desta terça-feira em Londres ANDY RAIN/EPA

Imagens de vídeo divulgadas no dia do protesto, terça-feira, mostram Greta Thunberg com um crachá com a frase Oily money out (“Fora com o dinheiro do petróleo”, numa tradução literal], calmamente de pé enquanto dois polícias falam com ela. Fotografias tiradas após esta abordagem mostram já a activista a ser colocada na parte de trás de uma carrinha da polícia.

Greta Thunberg protestava à porta do Hotel Intercontinental, no centro de Londres, onde se realizava o Energy Intelligence Forum, um encontro de líderes da indústria do petróleo e do gás. Durante o protesto, Greta Thunberg afirmou: “O mundo está a afogar-se em combustíveis fósseis. As pessoas em todo o mundo estão a sofrer e a morrer devido às consequências da crise climática causada por estas indústrias.”

Segundo a organização ambientalista Greenpeace, centenas de manifestantes estiveram envolvidos no protesto, impedindo a entrada dos delegados no local. Dois dos activistas desta organização escalaram o edifício e desfraldaram uma faixa gigante sobre a entrada, onde se lia “Make big oil pay” (“Façam as grandes indústrias de petróleo pagar”, numa tradução livre).

No interior do Hotel Intercontinental, dois dos oradores (o director executivo da Gunvor, Torbjörn Törnqvist, e o director da Trafigura, Ben Luckock) faltaram ao evento depois de os manifestantes climáticos terem bloqueado a entrada, segundo uma testemunha da Reuters.

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