Louise Glück (1943-2023): uma vida dignificada pelo anseio
Glück inscreveu, na evocação das suas próprias vivências, o viver matricial da mitologia, enquanto modelo de criação e vestígio perene.
Louise Gück, que morreu na passada sexta-feira, 13 de Outubro, nascera há oitenta anos, a 22 de Abril de 1943, em Nova Iorque. Cresceu em Long Island e estudou em Sarah Lawrence e Colúmbia. Entre 2003 e 2004 foi Poeta Laureada dos Estados Unidos. Embora não tivesse concluído os seus estudos, deu aulas de Prática de Poesia, na Universidade de Yale, e de Inglês, na Universidade de Stanford. Com uma obra amplamente premiada, o seu livro A Íris Selvagem (Relógio D’Água, 2020) recebeu o Prémio William Carlos Williams (1993), bem como o Pulitzer; Averno (Relógio D’Água, 2020) foi reconhecido com o Prémio L.L. Winship/PEN de Nova Inglaterra (2007); e a sua reunião poética Poems 1962-2012 (2012) arrecadou o galardão do jornal Los Angeles Times. Em 2022, a sua obra mereceu-lhe o Prémio Nobel. Uma distinção que assinalava a austeridade de uma voz poética inconfundível dentro de uma tradição rica, como a da poesia norte-americana.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.