TAP: PSD exige que Governo esclareça se plano de reestruturação prevê privatização

Vice-presidente do PSD aponta contradição nos discursos de António Costa e Pedro Nuno Santos sobre a privarização da transportadora aérea.

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Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD Nuno Ferreira Santos
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O vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz exigiu ao Governo esclarecimentos sobre se o plano de reestruturação da TAP prevê, ou não, a privatização, depois de "versões contraditórias" de António Costa e Pedro Nuno Santos.

À margem do Conselho Nacional do PSD, que decorreu na terça-feira à noite na Maia, distrito do Porto, o social-democrata disse aos jornalistas que as versões sobre o plano de reestruturação apresentadas pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ex-ministro das Infra-Estruturas Pedro Nuno Santos são diferentes e contraditórias, situação que "é grave" e deve ser esclarecida.

"Soubemos pela boca do ex-ministro Pedro Nuno Santos no seu novo espaço de debate e de análise política [na SIC] que, afinal, no plano de reestruturação da TAP não era obrigatória a privatização da mesma", referiu.

O vice-presidente do PSD referia-se às declarações do socialista na estreia do espaço de comentário semanal na SIC Notícias, na segunda-feira. No programa, Pedro Nuno Santos disse que o Governo não está obrigado pelo plano de reestruturação a vender nem a totalidade, nem parcialmente o capital social da TAP, tratando-se de uma opção política.

Contudo, acrescentou o social-democrata, na semana passada, o primeiro-ministro tinha dito que a privatização da transportadora aérea era uma obrigatoriedade do plano de reestruturação.

"Portanto, das duas uma: ou o senhor primeiro-ministro está a mentir e mentiu na semana passada aos portugueses ou Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infra-Estruturas, mentiu num novo espaço de análise política num órgão de comunicação social", salientou.

Motivo pelo qual o PSD quer ver esclarecido, de "uma vez por todas", o plano de reestruturação da TAP que "tem tudo menos de transparente e tem tudo de secreto", vincou Miguel Pinto Luz.

E concluiu: "Esperamos e aguardamos expectantes por aquilo que será a resposta do senhor primeiro-ministro em relação a este dilema, um dilema a que todos os portugueses assistiram em directo em dois canais de televisão".