Estão sinalizados 80 cidadãos portugueses em Israel, diz Ministério dos Negócios Estrangeiros
MNE diz que não tem registo de portugueses directamente afectados pela situação no Médio Oriente e que o atendimento no Gabinete de Emergência Consular foi reforçado para ajudar os cidadãos nacionais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português disse este domingo que continua a acompanhar "a situação dos cidadãos nacionais em Israel" e que não tem registo de portugueses que tenham sido directamente afectados pelos ataques do grupo Hamas contra o território israelita. O MNE avança que foram sinalizados 80 cidadãos portugueses até ao momento.
"Estão sinalizados cerca de 80 cidadãos nacionais, entre turistas e residentes, que contactaram o Gabinete de Emergência Consular para assinalarem a sua presença no território, ou para solicitarem apoio na identificação de alternativas para a saída do país", pode ler-se num comunicado enviado à comunicação social.
Os serviços consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros estão, assim como os restantes Estados da União Europeia, a "identificar voos comerciais que possam ser utilizados para deixar o país". No comunicado, o MNE afirma que o atendimento no Gabinete de Emergência Consular foi reforçado, relembrando que "os contactos devem apenas ser feitos para estes números - +351217929714 / +351961706472 (chamadas telefónicas regulares) ou através do email gec@mne.pt".
O MNE disse ainda que está a acompanhar a situação, "quer relativa aos portugueses como no que toca aos desenvolvimentos do conflito", de forma persistente através da Embaixada de Portugal em Telavive. Portugal mantém "igualmente contacto com as autoridades locais, bem como com outros países, em especial da União Europeia".
No comunicado, o MNE reitera "os conselhos aos viajantes que constam no Portal das Comunidades Portuguesas".
O movimento islâmico Hamas anunciou este sábado o início da operação "tempestade Al-Aqsa" contra o território israelita. Durante a madrugada de sábado, milhares de rockets foram lançados a partir da Faixa de Gaza e vários militantes cruzaram a fronteira entre os dois países.
O último balanço das fontes oficiais das partes envolvidas aponta para mais de 600 mortes no conflito e milhares de feridos. O Estado de Israel declarou estado de alerta de guerra e o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, disse que o "inimigo vai pagar o preço".