Narges Mohammadi e todas as mulheres no Irão

O Nobel da Paz 2023 pertence a cada mulher iraniana que sofreu e continua a sofrer às mãos de um regime primitivo e brutal.

A justíssima escolha da activista iraniana Narges Mohammadi para Prémio Nobel da Paz 2023 tem pelo menos dois méritos indiscutíveis. Desde logo, traz para primeiro plano a história de vida de uma mulher que é um exemplo raro de coragem e abnegação num país cujo regime faz da opressão contra as mulheres uma condição crítica da sua existência; depois, como sublinhou o Comité Nobel ao anunciar a sua escolha, ela resulta como homenagem ao movimento “Mulher, Vida, Liberdade”, que abalou as fundações do regime iraniano após a morte, em 2022, da jovem curda Mahsa Amini e que foi reprimido à custa da morte e prisão de milhares de activistas no país. Um ano depois, o movimento de protesto continua vivo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.