Das buscas às redes sociais: quatro dicas para encontrares o teu animal perdido

Uns escapam quando vêm uma porta aberta, outros soltam-se da trela e procurá-los pode levar qualquer um à loucura. Neste Dia do Animal trazemos um guia para ajudar (e prevenir) estes casos.

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O que fazer para encontrar um animal perdido Yuki Dog/Unsplash
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É o pior pesadelo de muitos tutores. Procurar um animal, cão ou gato na grande maioria dos casos, pode demorar horas, dias ou até mesmo anos — mas a verdade é que também não é impossível. Quem o diz é Ana Silva, que procurou a gata Nikita durante 45 dias. Ou Bruna Carvalho, que demorou duas semanas a encontrar o gato Lua. Ou ainda Sónia Ruivo, que levou três dias à procura de Maggie, a cadela, que acabou por reaparecer no local exacto onde desapareceu: a rua onde vivem os pais da dona.

Depois de terem passado pela experiência, dizem que o melhor a fazer é jogar pelo seguro e prevenir uma eventual fuga. O microchip, que é obrigatório em cães, gatos e furões, pode revelar-se útil, uma vez que após uma leitura no veterinário é possível contactar o tutor e devolver o animal.

A par disto, acrescenta Bruna, manter as janelas e portas fechadas é uma ajuda, especialmente se o animal for um gato que, tal como o da jovem de 26 anos, não resiste em dar um passeio. Mas como as sugestões não ficam por aqui, neste Dia do Animal damos-te mais quatro dicas para encontrares o teu — caso algum dia se perca.

Ligar para as entidades competentes

O primeiro instinto de qualquer tutor é começar a procurar o animal até o encontrar. Não está errado, no entanto, há um pormenor que, na grande maioria das vezes, fica esquecido: contactar as autoridades competentes para que seja mais fácil sinalizar o cão ou gato.

A primeira chamada deve ser feita para o Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), que possui uma base de dados sobre animais desaparecidos. Segue-se o canil municipal da área de residência dos donos, as associações que resgatam animais da região e o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. Assim, se alguma destas entidades encontrar um animal perdido na rua, já têm o teu contacto.

Cartazes e publicações nas redes sociais

Para Bruna, passar a palavra é a melhor estratégia para encontrar o animal. O primeiro passo é avisar os familiares e amigos e, de seguida, fazer o mesmo através das redes sociais.

Publicar uma fotografia do animal no Instagram, Facebook ou Twitter acompanhada de um contacto e zona onde este se perdeu vai pôr mais pessoas em alerta e, consequentemente, gerar mais partilhas. Foi o que aconteceu com Ana, que encontrou Nikita porque recebeu uma chamada com a sua localização.

A par disto, Sónia aconselha a que se afixem cartazes nas zonas mais movimentadas da área de residência. Contudo, acredita que é melhor não oferecer recompensa monetária, pois pode dar origem a testemunhos falsos. Depois de Maggie estar de volta a casa, a dona recebeu várias chamadas deste género.

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Afixar folhetos é uma das dicas Randy Laybourne/Unsplash

Mais pessoas, mais buscas

Procurar um animal sem ajuda vai demorar mais tempo do que se reunires esforços. Além disso, a ajuda de mais pessoas permite buscas em mais locais. Se estiveres à procura de um cão, qualquer hora é boa para o fazeres, mas se for um gato, destaca Bruna, convém saberes que estes felinos estão mais na rua de madrugada.

“Disseram-me que os gatos saem mais entre as 12h e as 3h e fazia sempre buscas a essa hora. Depois voltava de manhã, entre as 5h às 7h”, recorda. Neste caso, acrescenta, também é melhor o dono levar comida e uma armadilha para capturar o animal. Lua apareceu às 6h30, numa zona de mato perto de casa da tutora.

Sites de animais perdidos

Não existe uma plataforma centralizada sobre animais desaparecidos — são vários os sites criados para o mesmo propósito. Quem procura um pode colocar uma fotografia, email e zona onde vive e quem encontrou pode fazer o mesmo para, assim, devolver o animal ao tutor.

A base de dados do SIAC é o site mais recente, mas existem ainda o Encontra-me, FindMyPet, PetAlert, as câmaras municipais e a Direcção-Geral de Alimentação Veterinária, que tem uma tabela com os cães que se perderam e não estão registados.

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